Filha do rei Juan Carlos nega responsabilidade em caso de suposta corrupção
Palma de Mallorca (Espanha), 8 fev (EFE).- A infanta Cristina, filha do rei Juan Carlos da Espanha, declarou neste sábado perante um juiz que não participou da gestão da empresa Aizoon da qual era dona de 50% com seu marido, Iñaki Urdangarin, segundo disseram à Agência Efe fontes jurídicas.
Cristina de Borbón continuará com seu depoimento após o recesso de quase duas horas fixado pelo juiz instrutor do caso Nóos, José Castro, como acusada de suspostos delitos de fraude fiscal e lavagem de capitais através da Aizoon.
A Aizoon é a empresa na qual Urdangarin supostamente desviou fundos do Instituto Nóos, que o marido da infanta dirigia junto com um sócio.
Segundo um advogado presente na sala que durante o primeiro recesso de dez minutos fez declarações aos meios de comunicação, ao Manuel Delgado, a infanta explicou que montou uma empresa com Urdangarin “porque tinha muita confiança em seu marido”.
Delgado disse que a infanta “não está contestando praticamente nada”.
Um dos advogados da infanta, Jesús Silva, expressou sua confiança de que o juiz do caso Nóos “acabe absolvendo” a filha mais nova do Rei.
Fontes consultadas pela Efe disseram que a infanta está respondendo a todas as perguntas do magistrado com uma atitude tranquila.
A infanta chegou em automóvel ao Tribunal de Palma de Mallorca, nas Ilhas Baleares, e percorreu a pé, sorrindo, os últimos metros até a porta do edifício judicial, onde um numeroso grupo de informadores a esperava.
O comparecimento da infanta no tribunal despertou o interesse de muitos meios de comunicação, tanto espanhóis como estrangeiros, e vários soldados da polícia foram desdobrados no perímetro do tribunal para assegurar que não ocorram incidentes e instalar um forte cordão policial para controlar os grupos de manifestantes.
Perante o edifício, chegaram a ser concentradas 300 pessoas, algumas que portavam bandeiras republicanas e outras que são funcionárias da empresa Fila, que quiseram aproveitar a concentração de meios de comunicação para protestar contra os planos da empresa de cortar empregos.
Os cerca de 200 soldados que as forças de segurança desdobraram nas imediações do edifício dos tribunais de Palma mantiveram os manifestantes afastados da infanta e da porta pela qual entrou no prédio. EFE
nac/ff
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