Filha e genro de milionária assassinada em Mônaco são presos
Paris, 23 jun (EFE).- A filha e o genro da multimilionária monegasca Hélène Pastor, assassinada em maio aos 77 anos junto com seu motorista, estão entre os 20 detidos nesta segunda-feira em uma operação policial realizada em várias cidades da França.
As prisões foram feitas em Rennes (no noroeste da França) e também perto de Mônaco, em Marselha e Nice, onde vive a filha de Silvia Pastor, herdeira de um grande império imobiliário em Mônaco, e seu marido.
Segundo a emissora “RTL”, o genro de Hélène Pastor, um homem de negócios “com o título honorário de cônsul da Polônia” em Mônaco, é o maior suspeito de ter encomendado o assassinato” e a pessoa que mais interessa à polícia neste momento.
Os dois autores materiais do crime estão entre os detidos, o que não foi confirmado à emissora “France Info” pelo procurador de Marselha, Brice Robin, que dará uma entrevista coletiva amanhã junto ao diretor-geral inter-regional da Polícia Judiciária, Christian Sainte.
“Só estamos no início dos interrogatórios. É preciso ser prudente”, disse Robin, ao ser perguntado se os autores materiais e intelectuais do duplo assassinato estavam entre os detidos, segundo a “France Info”.
Enquanto não surgem mais detalhes, a “RTL” mantém que o motivo do crime poderia ser de “ordem financeira, aparentemente um acerto de contas familiar”, e garantiu que a polícia seguia “há semanas” os dois homens, ambos de Comores, que dispararam contra Hélène Pastor e seu motorista, os deixando gravemente feridos.
Não foi difícil identificá-los e chegar até eles, pois deixaram várias pistas, acrescentou o jornal.
Eles foram vistos durante o tiroteio, viajaram juntos a Marselha de trem e depois de táxi para cometer o crime e também foram filmados pelas câmeras de vigilância da estação ferroviária de Saint-Charles de Marselha e depois na de Nice.
Depois do crime se separaram e um deles ficou em Marselha, enquanto o outro se instalou perto de Rennes, explicou a “RTL”.
Hélène Pastor foi baleada junto com seu motorista, Mohammed Darwich, de 64 anos, em 6 de maio, quando saía do hospital, onde visitava seu filho.
Darwich morreu em 10 de maio e Pastor morreu em consequência dos ferimentos no dia 21.
A procuradoria de Marselha abriu uma investigação por “tentativa de assassinato e assassinato de quadrilha organizada”. EFE
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