Filho de brasileiro libertado no Paraguai receberá atendimento psicológico

  • Por Agencia EFE
  • 26/12/2014 15h49

Assunção, 26 dez (EFE).- Arlan Fick, o jovem de 17 anos e de origem brasileira libertado pelo guerrilheiro Exército do Povo Paraguaio (EPP) após 267 dias de sequestro, receberá assistência psicológica antes de colaborar com a investigação, declarou nesta sexta-feira o procurador-geral do Paraguai, Javier Díaz Verón.

“O Ministério Público formou uma equipe de médicos e psicólogos para realizar as tarefas correspondentes e acompanhar o jovem Fick. Falamos com ele e depois disso conversará com os agentes fiscais para seguir com a investigação”, disse Díaz Verón por meio de um comunicado.

A guerrilha libertou o jovem nesta quinta-feira em Nueva Esperanza, uma cidade de colonos brasileiros localizada no departamento de Concepción e a cerca de 30 quilômetros da residência da família Fick, segundo a polícia.

Díaz Verón, que hoje visitou o jovem e sua família, reforçou o compromisso do governo para libertar o outro sequestrado pelo EPP, o policial Edelio Morínigo, que está desde o dia 5 de julho em poder do grupo armado.

“Consideramos que Edelio deve chegar com vida a sua casa, é por isso que as forças de segurança deverão redobrar seus esforços. Existe um compromisso grande e um desafio enorme de seguir trabalhando para ter resultados positivos”, ressaltou.

O procurador-geral destacou ainda que o Estado paraguaio tem a obrigação de acabar com o EPP, ao qual as autoridades atribuem 38 assassinatos de civis, militares e policiais desde sua aparição em 2008.

“Nós pretendemos e desejamos que o grupo criminoso seja eliminado de uma vez por todas. A sociedade paraguaia não pode viver sob a extorsão, a chantagem, a morte ou o sequestro. É uma obrigação do Estado paraguaio, através de seus organismos de segurança, encontrar uma solução”, disse.

Fick foi sequestrado no último mês de abril no sítio de sua família, de nacionalidade brasileira, na cidade de Paso Tuyá, no departamento de Concepción, um município onde vivem 75 famílias, em sua maioria imigrantes do Brasil dedicados à agricultura.

Durante o sequestro houve um confronto armado entre a guerrilha e as forças de segurança do Estado que causou a morte de um militar e de dois membros do EPP, enquanto o resto da coluna guerrilheira escapou com o jovem.

Posteriormente a família assegurou ter pagado um resgate de US$ 500 mil, além de distribuir alimentos no valor de US$ 50 mil em duas comunidades pobres e divulgar um vídeo publicitário, como exigiu a guerrilha para a libertação, que não aconteceu, no entanto, até esta quinta-feira. EFE

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.