Fim do conflito ucraniano é prioritário para o Cazaquistão, afirma ministro

  • Por Agencia EFE
  • 24/04/2015 15h14
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Astana, 24 abr (EFE).- O ministro das Relações Exteriores do Cazaquistão, Erlan Idrissov, enfatizou nesta sexta-feira que uma das prioridades da política externa cazaque é o fim do conflito na Ucrânia, cujas consequências também afetam seu país.

“O Cazaquistão é um país de paz, queremos a paz dentro e fora de nossas fronteiras”, ressaltou o ministro em um encontro com jornalistas estrangeiros às vésperas das eleições presidenciais do próximo domingo, nas quais o atual governante, Nursultan Nazarbayev, desponta como claro favorito.

“As boas relações do presidente cazaque com (o russo Vladimir) Putin e (o ucraniano Petro) Poroshenko foram o instrumento para reunir em agosto ambos os presidentes e contribuiu para que fossem assinados os acordos de Minsk, protocolo para pôr fim à guerra no leste da Ucrânia”, declarou o ministro.

Idrissov lembrou que as sanções da União Europeia à Rússia por causa de seu papel no conflito ucraniano “afetam diretamente a economia do Cazaquistão”.

O Cazaquistão integra, junto com Rússia e Belarus, a União Econômica Eurasiática (UEE), que começou a funcionar em janeiro deste ano e que, segundo palavras do ministro, “está com dificuldades em sua curta caminhada”.

A deterioração da situação econômica do Cazaquistão foi a razão principal para que fossem antecipadas as eleições presidenciais para o próximo dia 26 de abril.

Além da paz na Ucrânia, Idrissov mencionou Rússia, China, Ásia Central, Estados Unidos e União Europeia como “prioridades da política externa cazaque”.

O chefe da diplomacia cazaque citou também entre as prioridades os países da Ásia-Pacífico e as relações com a América Latina e o Caribe.

Idrissov ressaltou a convicção do Cazaquistão de que “só é possível solucionar os conflitos através da negociação, e esta é a mensagem da delegações cazaques nos organismos internacionais”, em referência a Afeganistão, Iraque, Iêmen e Síria.

O ministro acrescentou que os “conflitos têm fim, embora seja conveniente encurtá-los e encontrar uma solução equilibrada para as partes”.

Neste sentido, ele se referiu à Síria, concretamente a um grupo opositor que entrou em contato com o Cazaquistão para que o país atuasse como intermediador em uma guerra que dura mais de três anos e deixou milhares de mortos e refugiados.

O ministro defendeu também o “fortalecimento” das Nações Unidas “no tratamento de questões de guerra e paz, uma ordem mundial sustentável, assim como em seus mecanismos de monitoramento e resolução de medidas contra violações do direito internacional”.

Idrissov ressaltou a importância de se desenvolver um novo tratado sobre a não-proliferação nuclear com caráter universal e disse que “seu país defende uma zona livre de armas nucleares na Ásia Central”.

Outra questão destacada foi a candidatura do Cazaquistão como membro não permanente no Conselho de Segurança da ONU para 2017-2018. EFE

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