Financial Times diz que Brasil está como um doente terminal

  • Por Jovem Pan
  • 14/09/2015 10h09
Ex-funcionário da Comperj protesta em frente à sede da Petrobras no Rio de Janeiro EFE / Marcelo Sayao /Archivo Ex-funcionário da Comperj protesta em frente à sede da Petrobras no Rio de Janeiro

O jornal britânico Financial Times (FT) fez uma análise do momento político e econômico do Brasil neste domingo e disse: “Se o Brasil fosse fosse um paciente, os médicos da emergência o diagnosticariam como um doente terminal”.

“Os rins já foram empacotados e o coração vai em breve”, acrescenta o texto. “A economia do Brasil está em uma bagunça”, classifica o periódico, citando a recessão que pode chegar a 3% de encolhimento na economia neste ano, e a “desordem nas finanças públicas”, que pode mostrar déficit primário fiscal pela primeira vez o período democrático.

O Financial Times aponta esses como os principais motivos de a agência internacional de risco Standard & Poors ter rebaixado a nota do Brasil, tirando a economia do país do grau de investimentos. O FT lembra ainda que se outra agência fizer o mesmo, muitos investidores terão que retirar suas ações de empresas brasileiras.

A revista recorda também que a presidente Dilma não é amada dentro do próprio partido (PT) e que é a mandatária mais impopular da história do Brasil. “Isso faz com que seja praticamente impossível a ela (Dilma) responder apropriadamente à crise econômica”, avalia a publicação.

Além do mais, o Congresso “está mais focado em salvar a pópria pele da investigação sobre o esquema de corrupção da Petrobras”, entende o Financial Times.

“O sistema político do Brasil é conhecidamente podre”, avalia o jornal. “Agora sequer está funcionando”.

“A renovação política por atacado é uma solução. Infelizmente, é pequena a chance de isso acontecer até as eleições marcadas de 2018”, conclui o Financial Times.

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