Finlândia investiga repetidas violações do espaço aéreo por aviões russos

  • Por Agencia EFE
  • 28/08/2014 15h23

Helsinque, 28 ago (EFE).- O governo da Finlândia denunciou nesta quinta-feira que aviões militares russos violaram seu espaço aéreo em várias ocasiões nos últimos dias e garantiu que está investigando estes incidentes para averiguar se foram propositais.

Segundo o Ministério da Defesa finlandês, a última violação do espaço aéreo aconteceu ao meio-dia de hoje, quando uma aeronave militar russa de transporte AN-72 permaneceu durante quatro minutos em território finlandês, a cerca de 50 quilômetros de Helsinque. O incidente, o terceiro ocorrido nos últimos seis dias e o quinto dos últimos meses, deixou as às autoridades finlandesas em alerta, que ordenaram intensificar a vigilância do espaço aéreo até que as investigações sejam concluídas.

“É muito difícil acreditar que possa se trata de uma simples coincidência. Vamos exigir explicações das autoridades russas por estes incidentes, porque se trata de algo totalmente inaceitável”, declarou à televisão nacional “YLE” o ministro da Defesa, Carl Haglund.

O ministro das Relações Exteriores finlandês, Erkki Tuomioja, concordou que o incidente de hoje não parece ser acidental, mas não quis fazer comentários até que tenha mais informação sobre suas causas.

“Foi decisão do próprio piloto? Estava cumprindo algum tipo de ordem? Não sabemos ainda”, disse Tuomioja a “YLE”.

Os incidentes acrescentam tensão na região poucos dias antes da visita à vizinha Estônia do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que viajará para Tallinn para reafirmar seu compromisso com os países bálticos perante a ameaça do gigante russo antes de participar no País de Gales na cúpula da Otan. As relações entre Finlândia e Rússia, países que compartilham quase três mil quilômetros de fronteira, se esticaram nos últimos meses por causa do conflito na Ucrânia e das sanções impostas pela União Europeia a Moscou.

Ontem, Finlândia e Suécia – ambos países não-alinhados – anunciaram a intenção de estreitar laços com a Otan mediante a assinatura de um acordo de cooperação que poderia permitir, em casos excepcionais, a entrada de tropas aliadas em seu território, fato que desagradou o Kremlin. EFE

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