Firjan leva a Joaquim Levy estudo sobre peso dos impostos na indústria

  • Por Agência Brasil
  • 28/01/2015 16h19

O presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, apresentou hoje (28) ao ministro da Fazenda, Joaquim Levy, um estudo que mostra o peso dos impostos na indústria de transformação brasileira.

Com base em dados oficiais da Receita Federal, a Firjan critica a carga tributária no setor, calculada em 45,4% do seu Produto Interno Bruto (PIB). “[Isso] significa que quase metade de tudo que é produzido pelo setor é direcionado para o pagamento de tributos”, diz o estudo. Segundo a Firjan, a indústria tem a mais elevada carga tributária entre todos os setores, “praticamente o dobro da incidente sobre a atividade produtiva como um todo”.

Após o encontro, Vieira disse que visitou o ministro para cumprimentá-lo e para dar apoio pelas medidas adotadas na área econômica. Embora reconheça que “as contas públicas precisam e devem ser equilibradas”, Vieira ressaltou ter alertado o ministro para a necessidade de um equilíbrio fiscal que atinja, “da menor forma possível, as empresas e, portanto, o emprego”.

O presidente da Firjan informou também que conversou com o ministro Joaquim Levy sobre a “flexibilização da relação de trabalho com a terceirização da mão de obra”, que está em discussão no Congresso Nacional. Segundo ele, caso a proposta seja aprovada pelos parlamentares, buscará uma indústria mais eficiente. De acordo com Vieira, o ministro mostrou-se interessado em uma interlocução permanente com o setor produtivo.

Sobre a condução da nova política econômica, Vieira destacou a postura zen (tranquila) de Joaquim Levy . “Ele é zen e está tranquilo. Aceitou o desafio. Não é trivial, não. Estava lá, entre o Rio e São Paulo, às 5h, com o dever cumprido. Tranquilo. E vem para Brasília. É um desprendimento mais do que louvável”, afirmou o presidente da Firjan.

Para ele, Levy saberá dosar a elevação da carga tributária no intuito de fazer o ajuste fiscal e dará credibilidade ao país em busca do crescimento econômico. “Joaquim é uma pessoa muito inteligente. Sabe o limite de aumentar imposto. O que ele precisa é ter o apoio, cada vez mais, para alcançar uma industrialização mais moderna e eficiente”, concluiu.

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