“Flotilha da Liberdade” fará nova tentativa de romper bloqueio sobre Gaza

  • Por Agencia EFE
  • 12/08/2014 09h27
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Istambul, 12 ago (EFE).- A “Flotilha da Liberdade” realizará uma nova tentativa de romper o bloqueio israelense sobre a Faixa de Gaza e, antes do final do ano, voltará a enviar navios à região, anunciaram nesta terça-feira um grupo de delegados desta iniciativa cidadã em Istambul.

A data de saída dessa pequena frota ainda não foi determinada, mas será “o mais rápido possível”, assegurou à Agência Efe Zohar Chamberlain, delegada da iniciativa espanhola “Rumbo a Gaza”, uma das organizações que integra a Coalizão Flotilha da Liberdade.

Chamberlain é uma das 20 delegadas das nove organizações que compõem a Coalizão, que, ao lado de outros seis grupos de apoio, se reuniram entre ontem e o último domingo em Istambul para perfilar os detalhes dessa terceira tentativa de romper o bloqueio marítimo de Gaza.

Em 2010, o ataque de comandos israelenses à embarcação insígnia Mavi Marmara em águas internacionais causou a morte de 10 passageiros, nove deles turcos, o que afetou gravemente as relações entre Ancara e Tel Aviv.

No ano seguinte, um único navio conseguiu se aproximar de Gaza, enquanto outros vários foram retidos pelas autoridades em diferentes portos de saída, entre acusações de sabotagem por parte dos ativistas.

“Tivemos seis navios e passageiros de 40 nacionalidades em 2010 e, neste ano, a representação internacional será pelo menos o dobro: agora que estamos presenciando o massacre em Gaza, grandes partes da sociedade civil querem colaborar”, indicou Chamberlain à Efe.

Além da iniciativa espanhola, “Rumbo a Gaza”, a Flotilha da Liberdade conta com agrupamentos da Suécia, Noruega, Grécia, Canadá, Austrália e Itália, entre outros, assim como a IHH, a fundação humanitária islamita turca que fretou o Mavi Marmara em 2010.

Chamberlain apontou que ainda não é seguro se esta embarcação, por enquanto ancorada em águas do Chifre de Ouro em Istambul, voltará a navegar com a pequena frota, embora ela tenha demonstrado esperança que “sim”.

“Sabemos que nos enfrentamos uma potência de propaganda, além de militar, e que Israel fez coisas para impedir a saída da pequena frota no passado e que voltará a fazer. Mas nós tentaremos”, assinalou a ativista.

Em relação à posição oficial da Turquia em direção ao projeto – positiva em 2010, mas muito menos propício em 2011 -, a ativista assinalou que a pequena Frota “é uma iniciativa da sociedade civil e que não procura o apoio de nenhum governo”, tendo em vista que, até o momento, Ancara não se mostrou nem contra e nem a favor.

“Nossos governos são cúmplices (de Israel). Os estados deveriam atuar com os meios diplomáticos ao seu alcance; nós fazemos o que está em nossas mãos”, concluiu Chamberlain. EFE

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