Fluxo de refugiados da Hungria rumo a Áustria perde intensidade

  • Por Agencia EFE
  • 06/09/2015 13h40
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Budapeste, 6 set (EFE).- O fluxo de refugiados das guerras no Oriente Médio que tentam sair da Hungria rumo a Áustria continua neste domingo, embora pareça ter perdido intensidade.

Um trem com 300 pessoas partiu hoje da estação Keleti, em Budapeste, em direção a Áustria, de onde devem seguir para a Alemanha.

O comboio partiu pouco depois das 13h (8h em Brasília) para Hegyeshalom, cidade onde os refugiados poderão pegar outro trem ou pelo menos poderão fazer a pé os últimos quilômetros até a fronteira.

Já esta manhã saíram de Budapeste outros três trens com mil pessoas.

São números bastante inferiores aos registrados nos dois últimos dias, quando milhares de refugiados partiram, alguns inclusive a pé, para a Áustria, após este país e a Alemanha anunciarem que permitiriam a entrada de todos que chegassem.

A empresa estatal ferroviária da Áustria, ÖBB, informou hoje que apenas ontem transportou cerca de 11 mil refugiados até a Alemanha.

A situação na estação de Keleti é muito mais tranquila. “Há agora 10% ou 15% das pessoas que estavam aqui há dois dias”, explicou à Agência Efe, John Anderson, da Migration Aid, uma plataforma de ajuda aos refugiados surgida espontaneamente da sociedade civil húngara em resposta à crise.

No entanto, Anderson afirmou que a expectativa é que continuem a chegar mais exilados a Budapeste, onde chegam após atravessar a fronteira entre Sérvia e Hungria, que desde há poucos dias está completamente protegida por uma cerca de 1,5 metros de altura.

Já na Hungria, os refugiados são registrados, submetidos a reconhecimento médico e recebem uma permissão temporária de viagem.

Depois, ou seguem caminho para Budapeste e depois para Áustria, Alemanha e outros países ricos do norte da Europa, ou são levados a campos de amparo em solo húngaro, onde a estadia pode durar várias semanas.

Estima-se que três mil pessoas estejam nos quatro centros deste tipo habilitados pelo governo húngaro.

Segundo a Migration Aid, 45% dos refugiados vêm da Síria, mas também há grupos muito de iraquianos e afegãos.EFE

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