FMI alerta que América Latina enfrentará “turbulências” nos próximos meses
Washington, 30 jan (EFE).- A economia latino-americana acelerará ligeiramente seu crescimento de 2,6% em 2013 para 3% em 2014, segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI), que também previu “mais turbulências” e “tensão” nos próximos meses na região.
“Apesar de o crescimento se acelerar, cabe esperar mais turbulências em nossa região”, afirmou nesta quinta-feira Alejandro Werner, diretor do FMI para o Hemisfério Ocidental em entrevista coletiva, ao referir-se à recente volatilidade financeira observada nos mercados emergentes.
Werner mencionou como causas destas “tensões” na América Latina a “retirada” nos Estados Unidos das medidas de estímulo por parte do Federal Reserve (Fed, banco central americano) e o “reequilíbrio” das fontes de crescimento na China.
À frente da aceleração latino-americana está o México, cuja taxa de crescimento espera-se que aumente até 3% em 2014, graças à “recuperação” nos EUA e ao “aumento das exportações manufatureiras”.
Na América do Sul, o Fundo observa um panorama “desigual”. Por um lado, situa “os grandes países exportadores de matérias-primas financeiramente abertos (Brasil, Chile, Colômbia, Peru e Uruguai)”, onde o crescimento médio se manterá ligeiramente abaixo de 4%.
O Brasil aparece na “lanterna” deste grupo com um crescimento estimado de 2,3% para 2014, similar ao de 2013. O FMI observa no país “restrições da oferta que estão limitando o produto e impulsionando a inflação em alta”.
Por outro lado, a instituição dirigida por Christine Lagarde considerou que a Argentina e Venezuela enfrentam cenários “menos favoráveis” devido às pressões “sobre a inflação, o balanço de pagamentos e os mercados cambiais”. EFE
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