FMI confirma que Grécia pediu empréstimo dentro do terceiro resgate
O Fundo Monetário Internacional (FMI) confirmou nesta sexta-feira que recebeu um pedido do governo da Grécia de um empréstimo dentro do terceiro resgate junto à União Europeia, mas não especificou a quantia solicitada.
“Confirmamos que recebemos uma carta das autoridades gregas indicando que buscam um novo empréstimo do FMI. Discutiremos com as autoridades gregas e com nossos parceiros europeus o momento e as modalidades para as discussões”, afirmou um porta-voz do FMI em comuinicado.
O ministro grego de Finanças, Euclides Tsakalotos, enviou uma carta à diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde, na qual assinala que Atenas se comprometeu a aplicar “uma série de políticas” para fortalecer a “sustentabilidade fiscal e a estabilidade financeira, assim como o crescimento a longo prazo”.
Na carta, divulgada pela imprensa grega, Tsakalotos ressalta que essas políticas pretendem sobretudo “repartir os custos do ajuste econômico de uma maneira justa, corrigindo as injustiças do passado”.
A carta de Tsakalotos era um dos pré-requisitos fixados pelo FMI para poder participar ativamente nas negociações sobre o novo resgate, que deveriam ter começado hoje, mas que previsivelmente serão adiadas até segunda-feira.
Na segunda-feira passada, o FMI informou que a Grécia havia quitado sua dívida de 2 bilhões de euros com o organismo, um dos requisitos fundamentais para receber novo financiamento.
No dia 30 de junho, em plena negociação de Atenas com os credores internacionais (FMI, Banco Central Europeu e Comissão Europeia) sobre as reformas necessárias para se chegar a um novo lance de financiamento internacional, a Grécia incorreu na falta de pagamento de US$ 2 bilhões, o primeiro de um país desenvolvido na história da instituição.
Fontes governamentais disseram à Agência Efe em Atenas que ainda está em discussão o local e o programa das reuniões entre a Grécia e as equipes técnicas do quarteto formado por CE, BCE, Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE) e FMI, com o objetivo de fechar um terceiro resgate até o dia 20 de agosto.
O terceiro pacote de assistência financeira terá uma duração de três anos e um volume de 86 bilhões de euros, sempre e quando as negociações forem concluídas com sucesso.
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