Fogo da artilharia ucraniana mata pelo menos um civil em Donetsk

  • Por Agencia EFE
  • 19/05/2015 06h41

Donetsk (Ucrânia), 19 mai (EFE).- Pelo menos uma pessoa morreu na noite desta segunda-feira em Donetsk por fogo da artilharia do Exército ucraniano, informou nesta terça-feira a prefeitura dessa cidade, principal bastião dos separatistas pró-Rússia no leste da Ucrânia.

“Como resultado do impacto de um projétil de artilharia em um edifício residencial de dois andares, o teto e três apartamentos do segundo andar ficaram destruídos. Uma pessoa morreu”, diz o comunicado das autoridades pró-russas de Donetsk.

A prefeitura denunciou que “as Forças Armadas da Ucrânia retomaram os bombardeios em Donetsk”.

Durante a noite, foi possível ouvir várias explosões na cidade, onde esta manhã a situação era de calma, como comprovou a Agência Efe.

A chefia das milícias da autoproclamada República Popular de Donetsk (RPD) denunciou hoje que as tropas de Kiev intensificaram os ataques com uso de armamento pesado.

“Nas últimas 24 horas, os militares ucranianos abriram fogo contra o território da RPD em 29 ocasiões”, foi dito em uma transmissão da agência de notícias dos rebeldes pró-Rússia, DAN.

Segundo os rebeldes, além das cidades de Donetsk e Gorlovka, foram atacadas uma série de localidades, entre elas Shirokino, uma aldeia que foi cenário de intensos combates apesar da trégua que entrou em vigor no dia 15 de fevereiro passado.

O comando das forças ucranianas na zona do conflito, por sua vez, acusou as milícias de disparar com todo tipo de armamento, inclusive morteiros e canhões de grosso calibre, contra as posições das forças governamentais.

O cessar-fogo, que ambas as partes se acusam de descumprimento quase todos os dias, é o primeiro ponto de um plano de paz que inclui a retirada de armamento pesado e a criação de uma faixa de segurança ao longo da linha de separação de forças, além de uma série de medidas no âmbito político.

Segundo os últimos dados da ONU, mais de 6,2 mil pessoas, entre combatentes e civis, morreram e mais de 14 mil ficaram feridas no conflito no leste da Ucrânia. EFE

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