“Foi uma covardia tremenda”, diz irmão de menina morta por bala perdida

  • Por Estadão Conteúdo
  • 31/03/2017 13h31
RJ - MORTE MENINA ACARI/IML - GERAL - Familiares da menina Maria Eduarda Alves da Conceição, de 13 anos, aguardam liberação do corpo no Instituto Médico-Legal (IML), no Rio de Janeiro (RJ), nesta sexta-feira (31). Parentes acusam a Polícia Militar pelos disparos que a atingiram e a mataram na tarde desta quinta-feira no pátio da Escola Municipal Daniel Piza, em Acari. Segundo o tio de Maria Eduarda, ela foi atingida por três tiros: na nádega e dois na cabeça. 31/03/2017 - Foto: JOSE LUCENA/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO Jose Lucena/Estadão Conteúdo Familiares da menina Maria Eduarda Alves da Conceição

A família de Maria Eduarda Alves da Conceição, de 13 anos, disse não ter dúvidas de que os tiros que mataram a menina, na escola em que estudava, em Acari, na zona norte do Rio, na quinta-feira, 30, à tarde, partiram da Polícia Militar, e não de traficantes.

A estudante foi alvejada na cabeça e nas nádegas durante uma ação policial. Caçula da família, ela praticava basquete na escola e participaria hoje de uma competição estudantil.

“É muita revolta, indignação. Pela posição em que ela estava e os policiais estavam, não é preciso ser perito para entender e ver a lógica do fato. Duas crianças que estavam com ela contaram como aconteceu. Foi uma covardia tremenda. A escola é localizada numa comunidade de risco. Pessoas que têm treinamento e qualificação não podem atirar assim”, disse um dos irmãos da menina, Uidsom Alves, professor de luta, no Instituto Médico Legal, segurando um punhado de medalhas que ela havia conquistado no basquete e o casaco que usava, perfurado a bala e sujo de sangue.

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