Forças iemenitas e rebeldes xiitas seguem em combate após cessar-fogo

  • Por Agencia EFE
  • 23/06/2014 09h15
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Sana, 23 jun (EFE).- As forças de segurança do Iêmen e os rebeldes do movimento xiita dos houthis, após terem assinado um cessar-fogo na noite de ontem, seguiram em combate nesta segunda-feira, informaram testemunhas à Agência Efe.

Um habitante da cidade de Amran, siituado ao norte de Sana – a capital iemenita -, declarou por telefone que “os disparos e os bombardeios entre as tropas e os insurgentes seguiram intensos até as 3h da madrugada”.

Por sua parte, o governador da província de Amran, Ahmed al Bakri, informou em sua conta de Facebook que não houve um acordo de cessar-fogo, mas sim um acordo de “ponto de vista para encontrar uma solução”.

“Não foi um cessar-fogo porque tanto os Exército como os houthis não assinaram. Quem assinou foram os representantes do sunita Partido da Reforma, dirigentes tribais e altos cargos da segurança”, acrescentou.

A agência de notícias iemenita “Saba” informou ontem à noite que as tropas e os rebeldes xiitas tinham assinado um cessar-fogo para deter a violência após os últimos ataques registrados em Sana.

Esse acordo estabelecia a cessação da violência na cidade de Amran e em seus arredores, a cerca de 50 quilômetros ao noroeste de Sana, assim como em “naqueles lugares onde houvesse tensão”.

Entre os pontos do acordo, figura um em que o Estado iemenita se compromete a começar imediatamente as emendas que respondam às aspirações da população da província de Amran, seja militar, de segurança e administrativa.

No último dia 4 de junho, o Ministério da Defesa iemenita anunciou que tinha alcançado um cessar-fogo entre o Exército e os rebeldes xiitas na província de Amran, onde dias antes haviam morrido mais de uma centena de pessoas em combates e bombardeios.

Os rebeldes houthis também protagonizaram nas últimas semanas em Amran confrontos com os combatentes do Partido da Reforma, braço político da Irmandade Muçulmana.

Os houthis, que pegaram em armas em 2004 dirigidos por Hussein al Huti (pai do atual líder), controlam desde 2010 a província setentrional de Saada e, agora, buscam ampliar as zonas sob seu domínio. EFE

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