Forças iraquianas libertam cidade xiita assediada pelo Estado Islâmico

  • Por Agencia EFE
  • 31/08/2014 09h26

Bagdá, 31 ago (EFE).- O Exército iraquiano e as forças curdas “peshmergas” romperam neste domingo o cerco imposto há dois meses e meio pelos jihadistas do Estado Islâmico (EI) à população setentrional de Amirli, de maioria xiita, informou o porta-voz militar iraquiano.

O general Qasem Ata anunciou em um breve comunicado que “a vanguarda do Exército iraquiano chegou à cidade de Amirli”, de cerca de 15 mil habitantes e a 200 quilômetros de Bagdá, sem oferecer mais detalhes.

Nas últimas horas, as forças iraquianas e os “peshmergas”, apoiados por combatentes voluntários, avançaram rumo à Amirli, desde três eixos -norte, sul e leste-, enquanto que os EUA lançaram ajuda humanitária.

O governador da cidade de Tuz, localizada cerca de 30 quilômetros ao norte de Amirli, informou à Agência Efe que as forças recuperaram também durante esta operação as povoações próximas de Al Salam, Yankaya, Anyana, além de outros quatro centros rurais.

Há mais de dois meses, várias zonas nas periferias de Tuz, Suliman Bek e Amirli, todas elas na província de Saladino, permaneciam em mãos do EI.

Na ofensiva militar de hoje, morreram pelo menos nove soldados e dois combatentes voluntários e cerca 30 ficaram feridos.

As forças iraquianas mataram 16 jihadistas e queimaram vários seus veículos durante os choques.

O objetivo desta operação era evitar que os jihadistas sunitas perpetrassem um massacre entre a maioria xiita e turcomana que vive em Amirli, à qual consideram “apóstata”, como já fizeram em outras zonas com os yazidis.

Além disso, o controle governamental sobre a região permite a abertura da estrada entre Bagdá e Kirkuk, que estava dominada pelos combatentes do EI.

Ontem, o porta-voz do Pentágono, o contra-almirante John Kirby, informou em comunicado que também foi efetuado, a pedido das autoridades iraquianas, uma missão de lançamento de ajuda humanitária, sobre tudo alimentos e água, em Amirli.

Em 23 de agosto, o representante especial das Nações Unidas para o Iraque, Nickolay Mladenov, pediu que fossem tomadas “medidas imediatas para evitar um possível massacre de cidadãos” em Amirli, que esteve com a provisão de água e alimentos cortados.

O EI efetuou rápidas conquistas em junho e declarou um califado islâmico nos territórios da Síria e Iraque sob seu controle.EFE

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