Forças islamitas matam 2 dirigentes da filial do Estado Islâmico na Líbia
Trípoli, 10 jun (EFE).- Pelo menos seis membros da filial do grupo jihadista Estado Islâmico (EI) na Líbia, entre eles dois importantes dirigentes, morreram na madrugada desta quarta-feira em um confronto contra as forças islamitas aliadas ao governo considerado rebelde de2 Trípoli.
Uma fonte de segurança informou à Agência Efe que o enfrentamento ocorreu na cidade de Misrata, no leste do país. Um dos líderes do EI mortos é Mohammed al Kamati, que dirige os radicais na cidade de Derna, a 1.280 quilômetros ao leste da capital da Líbia.
O segundo dirigente morto é Hussam Abu Rached, um dos primeiros jihadistas que jurou lealdade ao líder do EI, Abu Bakr al Baghdadi.
Os enfrentamentos entre as forças islamitas “Maylis al Shura”, “Zuar de Derna” e os terroristas do EI se estenderam até a madrugada. O confronto tinha se iniciado em Ghabt Msafer e Ued al Naqda, assim como nas proximidades do porto da cidade de Derna.
A filial do EI domina várias partes do leste da Líbia. Ontem, anunciou que tomou o controle de uma usina elétrica ao oeste da cidade de Sirte (a 430 quilômetros ao leste de Trípoli), responsável por abastecer a região central do país.
Poucas horas depois, comunicou da tomada completa de Sirte, em um confronto no qual matou quatro milicianos islamitas da “Falange 166”, aliada do governo rebelde de Trípoli e encarregada de proteger a região.
A Líbia é vítima do caos e da guerra civil desde 2011, quando a comunidade internacional contribuiu para a queda do regime ditatorial de Muammar Kadafi.
Dois governos, um considerado rebelde estabelecido em Trípoli, e outro internacionalmente reconhecido com sede em Tobruk, lutam pelo poder apoiados por milícias islamitas e militares do antigo regime.
Nos últimos meses, a filial do EI na Líbia se consolidou na cidade de Derna, no leste do país, e avançando na sequência rumo à Sirte.
Os ministros da Defesa do Grupo 5+5, que reúne países do litoral europeu e norte-africano do Mediterrâneo, afirmaram ontem, na Tunísia, que a ameaça terrorista representa um risco sobre a estabilidade da Líbia e disseram que apoiarão os “esforços solidários” de seus membros para erradicá-la.
No documento, divulgado ao término de uma reunião extraordinária proposta pela França, os ministros concordaram que “a crise da Líbia é o maior desafio para a estabilidade e segurança dos países do entorno do Mediterrâneo”. EFE
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.