Forças leais a Hadi recuperam controle do aeroporto de Áden

  • Por Agencia EFE
  • 14/07/2015 12h28

Sana, 14 jul (EFE).- As forças leais ao presidente iemenita, Abdo Rabbo Mansour Hadi, recuperaram nesta terça-feira o controle total do aeroporto da cidade meridional de Áden das mãos dos rebeldes houthis, após ter lançado uma campanha militar em várias zonas de essa cidade.

Fontes da resistência sulina, partidária de Hadi, disseram à Agência Efe que seus combatentes, apoiados por outras forças leais a Hadi, tomaram com o completo domínio do aeroporto e que já não há enfrentamentos com os houthis.

As fontes acrescentaram que seus combatentes invadiram o aeroporto com 75 veículos blindados facilitados pelos Emirados Árabes Unidos.

No marco dessa campanha militar, hoje explodiram enfrentamentos entre ambos os grupos no distrito de Jur Meksar, onde fica o aeroporto.

Além disso, unidades navais da coalizão árabe, liderada pela Arábia Saudita, bombardearam posições dos houthis e das tropas do ex-presidente Ali Abdullah Saleh na estrada litorânea que une Jur Meksar e o bairro de Kriter, dominado também pelos rebeldes.

As forças de Hadi se mobilizaram rumo ao aeroporto após conseguir progressos na frente ocidental de Áden, onde recuperaram nos últimos dois dias a estratégica zona de Amran.

Áden é o reduto dos aliados de Hadi e palco de duros combates entre os grupos rivais desde março, quando começaram os bombardeios da coalizão árabe.

Esta nova ofensiva ocorre apesar de ambas as partes terem se comprometido com uma trégua humanitária de uma semana apoiada pela ONU, que entrou em vigor na meia-noite de sexta-feira, mas que foi violada.

Desde que começaram os ataques aéreos da coalizão no final de março, mais de 3 mil pessoas morreram -a metade civis- e um milhão tiveram que abandonar seus lares, segundo números da ONU.

O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, se mostrou ontem “muito decepcionado” pelo fracasso da trégua humanitária e assegurou que sua organização mantém contatos com todas as partes para tentar deter a violência. EFE

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