Forças leais ao presidente deposto do Iêmen tentam recuperar controle de Áden

  • Por Agencia EFE
  • 14/07/2015 07h26

Sana, 14 jul (EFE).- Forças leais ao presidente do Iêmen, Abdo Rabbo Mansour Hadi, iniciaram nesta terça-feira uma ampla campanha para recuperar o controle de Áden, no sul do país, e o aeroporto da cidade, ambos nas mãos dos rebeldes houthis.

Fontes da resistência sulina, partidária de Hadi, disseram à Agência Efe que os confrontos entre os grupos já começaram no distrito de Jur Meksar, onde fica o aeroporto, um dos principais do leste de Áden.

Estão sendo usados vários blindados das forças do líder, exiliado em Riad (Arábia Saudita) após ter sido deposto pelos houthis.

Além disso, unidades navais da coalizão árabe seguem bombardeando posições dos rebeldes e das tropas do ex-presidente Ali Abdullah Saleh na estrada que une Jur Meksar e o bairro de Kriter, também dominado pelos houthis.

Um morador de Jur Meksar disse à Efe que os combates são intensos nos arredores do aeroporto, com registro de várias explosões.

As forças de Hadi se mobilizaram rumo ao aeroporto após conseguir progressos na frente ocidental de Áden, onde recuperaram nos últimos dois dias a estratégica zona de Amran.

Áden é o bastião dos aliados de Hadi e palco de duros combates entre os grupos rivais desde março, quando começaram os bombardeios da coalizão liderada pela Arábia Saudita.

Essa nova ofensiva ocorre apesar de ambas as partes terem se comprometido com uma trégua humanitária de uma semana apoiada pela ONU, que entrou em vigor na meia-noite da última sexta-feira, mas acabou violada pelos dois lados envolvidos no conflito.

Desde o início dos ataques aéreos da coalizão no fim de março, mais de 3 mil morreram – a metade delas civis. Além disso, 1 milhão de pessoas tiveram que abandonar seus lares, de acordo com a ONU.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, disse ontem estar “muito decepcionado” pelo fracasso do cessar-fogo e garantiu que a entidade mantém os contatos com as partes para tentar conter a violência. EFE

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