Forças ucranianas atacam centro de Donetsk com artilha pesada
Kiev, 14 ago (EFE).- As forças governamentais da Ucrânia atacam nesta quinta-feira com artilharia pesada o centro da cidade rebelde de Donetsk, informaram os insurgentes pró-russos às agências russas.
Um civil morreu e outros três ficaram feridos por estilhaços de um projétil que caiu em um cruzamento no centro de Donetsk, informou a agência oficial russa “RIA Novosti”.
Outros projéteis impactaram em outras zonas da cidade, incluído o pátio de um hospital e uma área residencial, enquanto dois shoppings sofreram danos de diversa consideração.
“Começou o bombardeio na cidade”, assegurou Andrei Purguin, vice-primeiro-ministro da autoproclamada república popular de Donetsk.
Segundo os rebeldes, uma pessoa já havia morrido e outras 11 ficaram feridas durante um ataque noturno efetuado pelas forças leais a Kiev, que, por sua vez, sempre negou o uso de artilharia pesada e aviação contra zonas povoadas.
Por conta desse motivo, o prefeito da cidade pediu à população não sair às ruas sob nenhuma circunstância, já que explosões são ouvidas em quase toda Donetsk, o principal reduto dos rebeldes.
“A situação em Donetsk é tensa. Segundo os próprios cidadãos, em todos os bairros da cidade é possível ouvir barulhos de artilharia pesada e explosões”, assinala o comunicado municipal.
As autoridades locais também informaram sobre vários incêndios em várias localidades próximas a Donetsk, como Mospino, onde várias pessoas ficaram feridas em um ataque contra uma mina carvão.
Durante os últimos três dias, 74 civis morreram e 116 ficaram feridos durante os intensos combates na região de Donetsk, fato que eleva o número de mortos para 839 desde a explosão do conflito.
Segundo fontes oficiais, as forças governamentais estreitaram o cerco em torno de Donetsk nos últimos dias, embora os rebeldes pró-russos ainda tenham controle sobre várias fortificações ao leste da cidade.
As forças ucranianas sitiam desde o início de julho a cidade rebelde de Lugansk, onde não há nem luz e nem água há quase duas semanas e a metade de seus 500 mil habitantes já teria abandonado a cidade. EFE
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