França adia para 2018 fechamento de sua usina nuclear mais antiga

  • Por Agencia EFE
  • 08/09/2015 15h41

Paris, 8 set (EFE).- A ministra de Ecologia da França, Ségolène Royal, afirmou nesta terça-feira que o fechamento da usina nuclear de Fessenheim, a mais antiga do país, está vinculado à abertura da de Flamanville, ainda em construção e que após novos atrasos não começará a funcionar antes de 2018.

Em visita oficial a Estrasburgo, Ségolène abordou a não possibilidade de fechamento para explicar por que uma das promessas eleitorais do presidente, François Hollande, não será cumprida. De acordo com ela, a lei de transição energética estabelece um teto de produção de energia nuclear de 63,2 gigawatts.

“Isso significa que quando Flamanville abrir, Fessenheim terá que fechar. Flamanville vai a abrir em 2018, em conformidade com o novo programa de construção apresentado na semana passada pela Électricité de France (EDF)”, afirmou.

Recentemente, a companhia pública reconheceu que o custo com esse atraso irá triplicar às estimativas iniciais, e será de 10,5 bilhões de euros.

Hoje, a ministra rejeitou o valor de 5 bilhões de euros que supostamente a EDF pede como indenização por ser obrigada a fechar Fessenheim e ressaltou que “não foi feita qualquer avaliação”.

Vários ambientalistas reagiram com indignação às palavras da ministra, e o deputado Denis Baupin afirmou que Hollande deve cumprir com sua promessa de pôr fim à atividade na central de Fessenheim durante seu mandato, que termina em 2017.

O primeiro dos dois reatores deste complexo situado na Alsácia começou a produzir eletricidade em março de 1977. Atualmente, a França tem 58 reatores em funcionamento. EFE

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