França confirma 2 mortos e 7 presos em operação antiterrorista em Paris

Polícia especial francesa durante peração antiterrorismo em Saint-Denis

O ministro do Interior da França, Bernard Cazeneuve, confirmou nesta quarta-feira a morte de dois terroristas, entre eles uma mulher-bomba, e a prisão de sete suspeitos na operação realizada em Saint-Denis, ao norte de Paris.

Participaram da ação 110 agentes das unidades de elite RAID e BRI, que foram alvos de disparos durante várias horas, explicou Cazeneuve em pronunciamento após o fim da operação.

O procurador de Paris, François Molins, explicou que a ação é parte das investigações pelos atentados da última sexta-feira na capital francesa, que provocaram a morte de 129 pessoas.

Graças à interceptação telefônica, à vigilância e a depoimentos de testemunhas, as forças de segurança concluíram que Abdelhamid Abaaoud, o belga considerado como autor intelectual dos ataques, poderia estar em um apartamento em Saint-Denis, afirmou Molins.

No entanto, o governo francês não confirmou se Abaaoud está entre os mortos ou os presos na operação. As autoridades também não revelaram a identidade de nenhum deles.

Molins explicou que, na operação, três pessoas foram presas no interior do apartamento usados pelos terroristas. Uma mulher, porém, suicidou ao ativar um colete de explosivos quando os policiais invadiram o imóvel.

Posteriormente, disse o procurador de Paris, outro terrorista morreu “atingido por tiros e granadas”, acrescentou. Dois suspeitos foram presos na sequência ao tentarem se “esconder nos escombros”, completou Molins.

Outras duas pessoas foram detidas na operação fora do apartamento: um deles tinha emprestado o local aos terroristas e o outro é um “conhecido” do dono do imóvel

Cazeneuve agradeceu aos policiais por “terem aguentado os tiros em condições nunca encontradas até agora” e elogiou “o sangue frio dos moradores de Saint-Denis, que respeitaram as ordens das autoridades e contribuíram para o êxito da operação”.

Na foto em meio ao texto: Suspeito é preso durante operação (EFE/Ian Langsdon)