França e Itália debatem sobre quem deve assumir imigrantes

  • Por Reuters
  • 15/06/2015 21h39
Imigrantes fazem protesto e exibem cartaz que diz "Emergência Humanitária, esperamos uma resposta política da Europa, agora", no posto de fronteira Saint Ludovic, entre Ventimiglia, na Itália, e Menton, na França, nesta segunda-feira. 15/06/2015 REUTERS/Eric Gaillard Reuters Imigrantes fazem protesto e exibem cartaz que diz "Emergência Humanitária

Com uma centena de africanos dormindo sobre pedras na costa italiana após serem recusados na fronteira francesa, os governos de Itália e França discutiram nesta segunda-feira sobre quem deveria lidar com a onda de imigrantes que chegam às praias italianas.

A Itália argumenta há tempos que o país e a Grécia não podem lidar sozinhos com o fluxo só porque são os pontos de chegada mais próximos para imigrantes políticos e econômicos de toda a África e do Oriente Médio, que vão para a Europa em barcos com péssimas condições.

O ministro do Interior italiano, Angelino Alfano, disse a repórteres em Milão que cenas como a de Ventimiglia, onde um repórter da Reuters flagrou cerca de 100 imigrantes, a maioria de africanos, dormindo a apenas 30 minutos da Riviera Francesa, eram um “soco na cara de todos os países europeus que querem fechar seus olhos”.

Mas o ministro do Interior da França, Bernard Cazeneuve, disse que o país continuaria a rejeitar os imigrantes e que a Itália precisa seguir a convenção de Dublin, da União Europeia, que determina a obrigatoriedade de solicitar asilo no primeiro país de ingresso na Europa.

“Eles não têm o direito de entrar (na França) e devem ser tratados pela Itália”, disse ele à BFM TV.

Cazeneuve disse que cerca de 15 mil imigrantes foram rejeitados nas fronteiras da França em 2014 e que ele ordenou um controle ainda mais firme neste ano.

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