França impede 6 supostos jihadistas de saírem do país

  • Por Agencia EFE
  • 23/02/2015 11h52

Paris, 23 fev (EFE).- As autoridades francesas aplicaram pela primeira vez, contra seis supostos jihadistas, uma nova medida que consiste em confiscar os passaportes dos indivíduos e avisar os outros países europeus para que impeçam sua saída do território e que integrem grupos terroristas.

O ministro francês do Interior, Bernard Cazeneuve, confirmou que nos últimos dias foram aplicadas as primeiras disposições contra as seis pessoas e que há “cerca de 40 em preparação”, que serão formalizadas nas próximas semanas.

Perguntado sobre o perfil dos envolvidos, o ministro explicou que “são jovens, em alguns casos convertidos”, que demonstraram vontade de integrar organizações terroristas. Segundo ele, “se partirem e voltarem após terem cometido crimes, representarão um risco maior para o país”.

Cazeneuve também lembrou que a medida, que faz parte do dispositivo da lei antiterrorista adaptada pelo parlamento em 13 de novembro, pode ser recorrida perante um juiz, que teria de pronunciar pelo procedimento de urgência.

Em primeiro lugar, representa o confisco dos passaportes e das carteiras de identidade por um período de seis meses ampliáveis.

Os serviços secretos suspeitam que estes seis primeiros franceses, todos maiores de idade, tinham planos para sair do país de forma iminente. Foram pessoas próximas que alertaram o departamento de Interior sobre processos de radicalização jihadista.

O ministro de Interior afirmou que graças à plataforma que permite denunciar um processo de radicalização de um parente ou pessoa próxima, foram recebidos cerca de mil avisos e “dezenas de saídas foram evitadas desde abril”.

Os nomes desses suspeitos de jihadismo foram enviados ao sistema de informação Schengen, disponível em todos os postos de fronteira europeus.

A França é um dos países da União Europeia que reivindicaram um controle sistemático dos passageiros de voos, mediante a consulta dos registros Schengen, para lutar contra o terrorismo e em particular contra o fenômeno dos “combatentes estrangeiros”. EFE

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