França manterá 7 mil soldados nas ruas para combater ameaça terrorista

  • Por Agencia EFE
  • 29/04/2015 09h51

Paris, 29 abr (EFE).- O presidente da França, François Hollande, indicou nesta quarta-feira que manterá 7 mil soldados nas ruas do país de “forma duradoura” para combater a ameaça terrorista e anunciou também um aumento no orçamento do Ministério da Defesa para os próximos anos.

“A segurança, a proteção e a independência são princípios que não se negociam, porque está em jogo a força de nossos valores”, destacou Hollande após o encerramento de uma reunião sobre a defesa do país com membros do governo.

Por considerar que a França enfrenta “fortes ameaças tanto dentro como fora” de seu território, Hollande afirmou que o orçamento do ministério será incrementado em 3,8 bilhões de euros em relação ao que estava inicialmente previsto.

Garantiu também que os 31,8 milhões de euros destinados à pasta também virão diretamente do Estado, e não de verbas incertas, como a atribuição de licenças de telecomunicações. Os recursos extras sairão de cortes em outros ministérios e serão usados para despesas com pessoal e equipamentos.

O objetivo das mudanças orçamentárias é dar caráter permanente à “Operação Sentinelle”, iniciada após os atentados terroristas ocorridos em Paris em janeiro, que colocou nas ruas 10 mil soldados. Eles protegem essencialmente edifícios religiosos e centros estratégicos em toda a França.

Hollande também fez menção às operações realizadas pelo Exército francês no Sahel, na República Centro-Africana e no Iraque, afirmando que “essas forças devem se manter em um nível elevado porque não só têm como missão dar apoio à população local, mas também defender nossa própria segurança”.

Nessas três missões fora do país e em outras (como a força de interposição no Líbano), há cerca de 9 mil soldados franceses.

A mudança significa que a redução de 34 mil soldados proposta para o período 2014-2019 deve ser descartada.

Apesar do aumento do orçamento do Ministério de Defesa, Hollande afirmou que os ajustes econômicos assumidos com a União Europeia para a redução do déficit público não estão em risco com as medidas, que, em sua visão, serão apoiadas pela população, que deseja “segurança em todas as partes”. EFE

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