França vai acolher 24 mil refugiados em dois anos, diz Hollande

  • Por Agência Brasil
  • 07/09/2015 13h01
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Imigrante eritreio reza em acampamento montado por compatriotas em Calais EFE Imigrante eritreio reza em acampamento montado por compatriotas em Calais

A França vai acolher 24 mil refugiados nos próximos dois anos, anunciou nesta segunda-feira (7) o presidente francês, François Hollande. O número será parte de um total de 120 mil que, segundo Hollande, a Comissão Europeia proporá que os estados-membros recebam. Ele também sugeriu organizar uma conferência internacional sobre a crise migratória que afeta a União Europeia (UE).

“O direito de asilo é um princípio fundamental das nossas instituições, esse princípio foi mesmo incorporado na nossa Constituição”, afirmou Hollande, em um momento em que uma grande parte da opinião pública francesa se opõe ao acolhimento de novos migrantes ou refugiados.

O presidente francês também defendeu a proposta franco-alemã que prevê um mecanismo obrigatório de distribuição de requerentes de asilo entre os países da UE, salientando a necessidade de os parceiros comunitários irem mais longe. Segundo ele, sem uma política global, o mecanismo de distribuição “irá explodir” e “será o fim do Schengen [espaço de livre circulação comunitária]”.

O presidente francês também criticou de modo implícito a Hungria, pela construção de um muro ao longo da fronteira com a Sérvia para impedir a entrada de migrantes, e outros países da Europa que se opõem ao acolhimento de refugiados. “Existem países que gostariam de aplicar critérios étnicos, que gostariam de acolher alguns e outros não, em nome das religiões. Existem países que querem construir muros e não terem um único refugiado”, disse.

Ele defendeu a criação de centros de identificação e de acolhimento de migrantes. Para Hollande, a Europa deve “elevar o nível de responsabilidade”.

A Alemanha, mais cedo, pediu a ajuda de outros países da Europa e disse que vai desbloquear 6 bilhões de euros para responder aos pedidos de asilo de refugiados em 2016.

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