Francês relata medo em estádio, mas avisa: “Paris não vai cair no horror”

Gramado do Stade de France foi tomado pelo público após explosões causadas pelos terroristas em Paris

Os primeiros atentados terroristas de sexta-feira em Paris aconteceram perto do Stade de France, onde a seleção da França disputava um amistoso contra a Alemanha. Presente no estádio para assistir a partida, o francês Max Patt sentiu na pele o medo e a incerteza de estar próximo ao ocorrido, e relatou essa experiência em entrevista à Rádio Jovem Pan.

“Eu estava no jogo com colegas do trabalho e ouvi barulho como de um foguete. Depois teve dois grandes barulhos e, no fim do jogo, o público percebeu que eram terroristas e eram três bombas o que tínhamos escutado. A gente não sabia o que estava acontecendo, o estádio foi fechado com a polícia, os seguranças falaram que podia sair tranquilamente. O público começou a sair, no metrô teve grande movimento de pessoas e a policia avisou para voltar ao estádio”, disse o francês.

Apesar disso, Max acredita que a cidade vai voltar à normalidade em breve. “Nenhuma pessoa pode se acostumar com terrorismo, mas no caso de Paris não é algo que você vê todo dia acontecer. As pessoas vivem a vida normalmente, é estranho. Talvez seja diferente em algumas semanas, mas agora é um choque. É preciso olhar o futuro, além do que aconteceu ontem. O país vai continuar direito e a vida vai continuar. Vai ter muitas pessoas na rua para dizer que vamos continuar e não vamos cair nesse sentimento de medo, de horror. O povo vai mostrar que sim, os terroristas fizeram algo horrível, mas que estamos aqui”, pregou.

Mesmo com todo o medo que tomou contra do país, Max Patt acredita que a Eurocopa de 2016, que será sediada pela França, não deve ser cancelada nem mudar de local. “Eu acho que não tem que cancelar. É mais ou menos como na Copa do Mundo de 2014 no Brasil. Teve violência nas ruas, problemas sociais, mas a Copa aconteceu”, lembrou o francês.