Francis Ford Coppola vence o prêmio Princesa das Astúrias das Artes
Oviedo (Espanha), 6 mai (EFE).- O cineasta americano Francis Ford Coppola (Detroit, 1939) foi agraciado nesta quarta-feira em Oviedo (norte da Espanha) com o prêmio Princesa das Astúrias das Artes.
Coppola, considerado um dos renovadores do cinema americano na década dos anos 70, dirigiu filmes como “Apocalypse Now” (1979), a adaptação ao cinema do romance “Drácula”, de Bram Stoker, (1992) e a trilogia de “O Poderoso Chefão” (1972, 1974 e 1990).
O júri afirma que Coppola é um “narrador excepcional, que ocupa um lugar proeminente na História do Cinema”, e que desenvolveu sua carreira com total independência empreendedora e criativa em todas as facetas.
Sua figura, segundo recolhe a ata do júri, é imprescindível para entender a transformação e as contradições da indústria e da arte do cinema, contribuindo para o crescimento da mesma decisivamente.
A candidatura de Coppola tinha sido proposta por Fernando Rodríguez Lafuente, que faz parte do júri do Prêmio Princesa das Astúrias das Letras deste ano, e se impôs a outras como as do trompetista de jazz Wynton Marsalis, o pianista chinês Lang Lang e o arquiteto espanhol Oriol Bohigas.
Nascido no seio de uma família ítalo-americana, Coppola cresceu em Nova York em uma família vinculada à música e ao cinema, com um pai, Carmine Coppola, instrumentista e compositor, e teve uma infância marcada pela poliomielite, que o deixou na cama durante mais de um ano.
Formado em Arte Dramática na Universidade Hofstra (Nova York) e na Escola de Cinema da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA), dirigiu mais de 30 filmes, alguns deles reconhecidos como clássicos da história do cinema.
Coppola também foi roteirista de 27 filmes e produtor de outros 74.
Além dos prêmios da Academia, seus filmes conseguiram Globos de Ouro (EUA.), Palma de Ouro de Cannes (França), prêmios Bafta (Reino Unido), César (França), David de Donatello (Itália) e Leão de Ouro do Festival de Veneza.
A eles se soma hoje o Prêmio Princesa das Artes, o primeiro que é concedido com a denominação Princesa das Astúrias, adaptado assim à atual herdeira da Coroa, Leonor de Borbón.
A premiação de Copolla abre 35ª edição dos prêmios Princesa das Astúrias, dotados em suas oito categorias com a reprodução de uma escultura projetada por Joan Miró, 50 mil euros e um diploma.
Frank Gehry, Michael Haneke, Rafael Moneo, Riccardo Muti, Norman Foster, Woody Allen, Paco de Lucía, Vittorio Gassmann, Fernando Fernán Gómez, Bob Dylan, Miquel Barceló, Pedro Almodóvar, Oscar Niemeyer, Eduardo Chillida e Luis García Berlanga, estão na lista de agraciados das Artes.
O Prêmio das Artes está destinado a agraciar pessoas ou instituições que no campo da cinematografia, teatro, dança, música, fotografia, pintura, escultura, arquitetura e outras manifestações artísticas tenham realizado uma “contribuição relevante ao patrimônio cultural da humanidade”. EFE
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