Francisco e Bento XVI celebrarão canonizações perante um milhão de fiéis

  • Por Agencia EFE
  • 26/04/2014 09h58
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Cidade do Vaticano, 26 abr (EFE).- Os dois papas vivos, Francisco e o emérito Bento XVI, estarão juntos amanhã na cerimônia de canonização na Praça de São Pedro dos dois papas mais venerados do século XX, João Paulo II e João XXIII.

O porta-voz da Santa Sé, Federico Lombardi, anunciou na manhã deste sábado a presença de Bento XVI no ato, ao qual devem comparecer cerca de 150 cardeais, delegações de 92 países e 24 chefes de Estado e governo.

A organização logística a cargo da Obra Romana de Peregrinações (ORP) do vigariato de Roma informou que se esperam entre 500 mil e 800 mil pessoas, mas poderiam chegar até um milhão.

O porta-voz do escritório de imprensa do Vaticano, Federico Lombardi, explicou que a Praça de São Pedro e a Via da Conciliação, a avenida que une Roma com a Cidade do Vaticano, pode receber até 250 mil pessoas.

Ou seja, nem todas poderão entrar na praça e, por isso, foram instalados 17 telões em vários pontos de Roma para os peregrinos.

Da Polônia chegará o maior número de fiéis para assistir à canonização de João Paulo II, que foi o arcebispo da Cracóvia, e espera-se que cheguem à capital italiana em 1.700 ônibus, cinco trens e 58 voos.

A missa será oficiada pelo papa Francisco e concelebrarão entre 130 e 150 cardeais chegados de todo o mundo para esta ocasião, assim como 1.000 bispos e 870 sacerdotes se encarregarão de dar a comunhão.

Os mais próximos ao papa serão o cardeal vigário de Roma, Agostino Vallini, o cardeal polonês, histórico secretário de João Paulo II, Stanislao Dziwisz, e o bispo de Bergamo, Francesco Beschi, procedente da cidade natal de João XXIII.)

A cerimônia começará, segundo se lê no programa que o Vaticano distribuiu, com a oração da Coroa da Misericórdia às 9h (horário local, 4h de Brasília).

Ao coro da Capela Sistina, presente em todas as celebrações, nesta ocasião se unirá a Filarmônica da Cracóvia e o coro da diocese de Bergamo.

A parte mais importante da cerimônia será o rito da canonização, quando o governador regional da Congregação para a Causa dos Santos, o cardeal Angelo Amato, apresentará a Francisco “os três pedidos” de canonização para ambos papas, primeiro com “grande força”, depois com “maior força” e, por último, com “grandíssima força”.

Em seguida, o papa pronunciará a frase: “Em homenagem à Santíssima Trindade, pela exaltação da fé católica e o aumento da vida cristã, com a autoridade de nosso Senhor Jesus Cristo e dos santos apóstolos Pedro e Paulo, após ter refletido largamente e invocado a ajuda divina e escutando o parecer de muitos de nossos irmãos bispos, declaramos santos João XXIII e a João Paulo II”.

Francisco pedirá então que os papas sejam inscritos no livro dos Santos. Posteriormente, serão levados ao altar os relicários que contêm as relíquias dos canonizados.

No caso de João Paulo II será uma ampola com seu sangue que será levada pela costarriquenha Floribeth Mora, cuja cura serviu como segundo milagre para a canonização do papa polonês.

A relíquia de João XXIII será um pedaço de pele desprendido durante a exumação, e que será levado por familiares do santo, entre eles seu sobrinho.

O Vaticano anunciou hoje que, após a cerimônia, o papa Francisco cumprimentará todas as delegações.

Posteriormente, a basílica vaticana permanecerá aberta até as 22h (17h de Brasília) para que os fiéis visitem os túmulos dos dois papas santos.

Será uma celebração sóbria e solene sem grandes exageros, já que o único ato que foi programado é a “Noite de Oração” que será realizada hoje em 11 igrejas de Roma, onde os fiéis estão convidados a rezar e confessar-se.

Além disso, na segunda-feira, na mesma Praça São Pedro, o cardeal arcipreste da Basílica de São Pedro, Angelo Comastri, realizará uma missa de agradecimento pelas canonizações. EFE

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