Freada dos emergentes faz BM rebaixar para 2,8% previsões globais em 2014

  • Por Agencia EFE
  • 10/06/2014 20h57

Washington, 10 jun (EFE).- O Banco Mundial (BM) rebaixou nesta terça-feira suas previsões de crescimento global de 3,2% para 2,8% para 2014, devido à desaceleração dos países em desenvolvimento, à fraqueza dos Estados Unidos no primeiro trimestre e à crise da Ucrânia.

Para 2015 e 2016, o BM prevê uma progressiva aceleração para 3,4% e 3,5%, respectivamente.

Os países em desenvolvimento, nos quais se centra o relatório semestral do BM, publicado hoje, veem reduzidas suas projeções de crescimento de 5,3% antecipadas em janeiro para 4,8% em 2014.

Como causas da revisão em baixa, o organismo dirigido por Jim Yong Kim indica, além disso, o restabelecimento do equilíbrio na China, os distúrbios políticos em várias economias de rendas médias e o lento avanço nas reformas estruturais nas economias emergentes.

No caso da China, o BM prevê uma expansão de 7,6%, um décimo inferior que o 7,7% esperado em janeiro, mas ressalta que dependerá do êxito que tenham os esforços relacionados com o restabelecimento do equilíbrio econômico.

Na América Latina e no Caribe, o organismo internacional volta a reduzir, desta vez de maneira notável, o crescimento da região a 1,9 %, contra 2,9% calculado em janeiro, como consequência do descenso dos preços das matérias-primas, a contração dos Estados Unidos no primeiro trimestre e a lentidão nas reformas estruturais em vários países.

As grandes economias da região, Brasil e México, fecharão 2014 com uma expansão menor que a esperada, até 1,5% (contra 2,4% calculado em janeiro) e 2,3% (3,4% em janeiro), respectivamente.

Por sua parte, os países avançados continuam sua gradual saída da crise aguda e crescerão neste ano 1,9% (2,2% em janeiro), com a zona do euro registrando um crescimento do PIB de 1,1% (sem variações em relação a janeiro), enquanto nos Estados Unidos será 2,1% no final deste ano (contra 2,8% de janeiro).

Finalmente, o BM aponta para uma pequena expansão da Rússia, até apenas 0,5%, como consequência das turbulências financeiras e da situação da Ucrânia, em comparação com 1,3% do ano passado. EFE

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