Frente al Nursa toma controle de importante cidade no norte da Síria

  • Por Agencia EFE
  • 25/04/2015 06h13
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Cairo, 25 abr (EFE).- A Frente al Nusra, filial síria da Al Qaeda, e outras facções islamitas conseguiram neste sábado tomar o controle de amplas regiões da importante cidade de Jisr al Shughour na província de Idlib, no norte do país, após confrontos com as forças do regime e os milicianos pró-governo.

O Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH) informou que os combates continuam no local, embora alguns membros das tropas leais ao regime tenham fugido para Yurin, controlada pelo Exército, em Sahl al Gab, na periferia de Hama, no centro da Síria.

Os enfrentamentos foram acompanhados por bombardeios de aviões do regime do presidente de Bashar al Assad, que realizou dez ataques contra posições dos insurgentes nos arredores da cidade.

Jisr al Shughour foi a primeira cidade deixada pelas forças do regime entre 3 e 6 de junho de 2011, após a morte de mais de 140 integrantes dos serviços de inteligência militar e política, segurança do Estado, forças de ordem e polícia.

Na época, o agente desertor Hussein Harmush assumiu a responsabilidade de ter planejado ataques contra as posições do governo, matando os ex-companheiros, lembrou hoje o OSDH.

No último dia 28 de março, a cidade de Idlib foi tomada pela Frente al Nusra e outras facções islamitas, transformando-se na segunda capital provincial do país cujo o controle escapa totalmente das mãos do regime.

A filial síria da Al Qaeda, em parceria com o Movimento Islâmico dos Livres de Sham e do grupo radical Jund al Aqsa, assumiu o domínio total de Idlib após quatro dias de ofensivas contra as forças governamentais.

Após a tomada de Jisr al Shughour pelos radicais, o regime só mantém sob seu controle o caminho que liga a cidade ao quartel de Mastuma, no sudeste do município.

Já os membros do grupo terrorista Estado Islâmico (EI) encontraram o corpo do piloto do avião que eles derrubaram ontem na periferia da província de Al Suaida, no sudeste de Damasco.

A Síria é há quatro anos palco de um conflito que já causou 220 mortes, de acordo com levantamento da ONU. EFE

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