Frente al Nusra divulga vídeo com soldados libaneses sequestrados

  • Por Agencia EFE
  • 14/09/2014 16h18

Beirute, 14 set (EFE).- O grupo jihadista Frente al Nusra, ramificação síria da Al Qaeda, divulgou neste domingo um novo vídeo no qual mostra quatro dos militares libaneses sequestrados em agosto passado na região de Arsal, fronteira com a Síria.

O vídeo, divulgado no Twitter e na imprensa libanesa, mostra os quatro militares, dois deles – Ahmad Abbas e Georges Jury -, em conversa por telefone com seus parentes. Abbas solicita a seu pai esforços para obter sua libertação e a sua mãe pede para que não chore.

“Estou bem, como se estivesse com a família”, diz Abbas, antes de garantir que os outros seis soldados estão “com boa saúde e são bem tratados”.

Por sua vez, Jury, que tinha conseguido ver sua família graças a uma mediação do xeque Mustafa Hojeiri, conta a sua irmã o que ocorreu depois desse encontro. O vídeo coincide com a visita que o primeiro-ministro libanês, Tammam Salam, realiza ao Catar, onde se reuniu com as principais autoridades do país para obter um maior apoio para a libertação dos militares.

Em entrevista coletiva transmitida pelas TVs libanesas, Salam agradeceu às autoridades do Catar pelos esforços a respeito e garantiu que “as negociações estão começando”.

“Esperamos avançar neste espinhoso e complicado assunto e que a visita que o presidente turco (Recep Tayyip Erdogan) realizará a Doha tenha consequências positivas”, afirmou.

Salam anunciou que o chefe da Segurança Nacional, general Abbas Ibrahim, que anteriormente intermediou com sucesso a libertação de um grupo de xiitas libaneses e religiosas sequestradas na Síria, permanecerá no Catar para dar continuidade ao assunto.

Vários soldados e policiais foram capturados em agosto passado por grupos jihadistas na região de Arsal, após combates com o exército libanês. Dois deles foram decapitados.

Desde a explosão do conflito na vizinha Síria, em março de 2011, aumentaram os atentados, sequestros, enfrentamentos armados e outros atos violentos no Líbano, dividido entre os partidários e opositores do presidente sírio, Bashar al-Assad. A situação se complicou ainda mais com a ofensiva que o Estados Islâmico (EI) está realizando no Iraque, que também repercute no país. EFE

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