Frontex se recusa a participar de missões militares no Mediterrâneo

Berlim, 10 jun (EFE).- A Agência de Controle de Fronteiras Exteriores (Frontex) da União Europeia (UE) rejeitou categoricamente nesta quarta-feira qualquer participação sua em operações militares para acabar com as embarcações utilizadas pelas redes de traficantes de imigrantes no Mediterrâneo.

“Isso é impossível. Essa não é nossa tarefa”, declarou o diretor-executivo da Frontex, Fabrice Leggeri, em declarações ao programa matinal da emissora pública alemã “ZDF”.

Leggeri acrescentou que já se reuniu com o futuro comandante da missão militar estabelecida pela UE no marco de sua política de segurança e defesa e que transmitiu para ele sua disposição para trabalhar em cooperação.

“Mas a Frontex não deve, nem pode, participar de uma operação militar”, ressaltou Leggeri, e lembrou que sua agência tem um caráter civil, cuja função é a vigilância de fronteiras.

Além disso, o diretor-executivo ressaltou que a “vigilância das fronteiras quer dizer buscar e salvar pessoas”.

A Frontex ampliou há cerca de duas semanas sua área de atuação e o número de efetivos destinados à operação “Tritão”, precisamente para os trabalhos de resgate de refugiados no Mediterrâneo. EFE