Fukushima conclui filtragem de água radioativa armazenada

  • Por Agencia EFE
  • 27/05/2015 09h04

Tóquio, 27 mai (EFE).- O operador da central atômica de Fukushima conseguiu filtrar as 620 mil toneladas de água radioativa armazenada em tanques na usina e que representa um dos principais desafios para desativa-la, informou à Agência Efe a empresa nesta quarta-feira.

Deste modo, todo o estrôncio da água que esteve guardada em tanques das instalações foi eliminado, o que reduz enormemente o nível de radiação no entorno da central e os riscos de contaminação caso haja vazamento nos contêineres. Das substâncias nocivas do líquido, o estrôncio é o isótopo que contribui em maior medida no aumento da radiação no meio ambiente.

A empresa informou que mesmo assim 30% das 620 mil toneladas ainda precisam de um tratamento extra para eliminar outros isótopos menos perigosos. A empresa proprietária de Fukushima, a Tokyo Electric Power (Tepco), tinha previsto eliminar todo o estrôncio em março deste ano, mas uma série de avarias atrasou a conclusão do processo.

Toda esta água, gerada durante o processo para esfriar rapidamente os reatores quando foram atingidos pelo terremoto e tsunami de 2011, foi uma enorme dor de cabeça para a Tepco pelos contínuos escapamentos nos tanques e outros problemas. O mais grave aconteceu em 2013, quando quase mil cisternas deixaram escapar 300 toneladas do líquido altamente radioativo.

A importância do fato fez com que o Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) e as autoridades japonesas o classificassem com o nível 3 na Escala Internacional Nuclear e de Fatos Radiológicos (Ines), cuja o máximo é 7.

A Tepco prevê continuar tratando as 400 toneladas de água contaminada que a central gera diariamente. Este líquido é a soma das filtragens da refrigeração usada para manter os reatores atômicos e do fluxo dos aquíferos naturais que penetra nos porões dos edifícios que os alojam.

A empresa quer eliminar este acúmulo de água nos porões com um procedimento que ainda esta em preparação e que consiste em congelar o subsolo em torno destas construções. EFE

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