Funcionários da Latam advertem para possível greve durante a Copa

  • Por Agencia EFE
  • 04/06/2014 15h58

Santiago do Chile, 4 jun (EFE).- Os funcionários da Latam Airlines, a mais importante companhia aérea da América Latina, advertiram nesta quarta-feira sobre possíveis “atrasos e cancelamentos” de voos durante a Copa do Mundo em função do apoio a uma greve anunciada para a próxima semana pelo pessoal da Lan Peru.

“A nula disposição ao diálogo e a uma aproximação de posições da Lan Peru obriga seus trabalhadores a materializar a greve e advertir aos passageiros sobre os problemas que sofrerão justamente quando a Copa estiver em pleno desenvolvimento e o tráfego aéreo em seu ponto mas alto”, disseram os funcionários em um comunicado.

Os técnicos aeronáuticos da Lan Peru pedem melhores salários após 10 anos sem receber aumento.

Desde terça-feira, os empregados da Latam, integrada pela chilena Lan e a Tam, estão informando sobre a situação, por meio de folhetos, aos passageiros nos aeroportos de Peru, Chile, Argentina, Colômbia, Paraguai, Brasil e Equador.

“Não há disposição da empresa para cumprir com a equiparação básica para que empregados recebam a mesma remuneração pelo mesmo trabalho”, disseram os funcionários. Segundo eles, um mecânico ganha no Peru a metade do que recebem seus colegas no Chile.

“Esta negativa obriga os técnicos aeronáuticos peruanos a paralisarem suas atividades nos próximos dias e ao restante dos funcionários da companhia a se mobilizarem em apoio desta causa justa”, acrescentaram.

Para resolver a questão, os funcionários entregaram uma carta aberta para Enrique Cueto, vice-presidente da Latam Airlines, e aos gerentes de relações trabalhistas da companhia, que estão reunidos em uma conferência em Buenos Aires até 5 de junho.

Na carta, os trabalhadores afirmam que acordos alcançados no Brasil são a prova de que a companhia sabe que é possível negociar de forma justa com seus empregados.

A Latam nasceu em 2012 e opera no Peru, Chile, Argentina, Colômbia, Paraguai, Brasil e Equador. EFE

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