Funcionários da UFRJ decidem manter greve que já ultrapassa 100 dias

  • Por Agência Brasil
  • 08/09/2015 18h51
RIO DE JANEIRO,RJ,08.06.2015:PROTESTO-RJ - Faixas de protesto são vistas na entrada do Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da UFRJ, no Largo de São Francisco de Paula, centro do Rio de Janeiro (RJ), nesta segunda-feira (8). As faixas são de apoio a greve estudantil, contra o ajuste fiscal e cortes na educação. (Foto: jose lucena/Futura Press/Folhapress) Folhapress UFRJ

Os funcionários técnico-administrativos da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) decidiram, nesta terça-feira (8), em assembleia, manter a greve iniciada no dia 29 de maio, que chega ao 102º dia. Cerca de 300 pessoas aprovaram contraproposta encaminhada pelo Comando Nacional de Greve da Federação de Sindicato de Trabalhadores Técnico-Administrativos (Fasubra) para análise das bases estaduais.

Os funcionários querem um índice de reajuste 9,5% em 2016, e de 5,5% em 2017, com cláusula de revisão em 2016, caso a previsão do índice instituído pelo governo em 2017 ultrapasse 5,5%. Além disso, é previsto estepe de 0,1% em 2016 e de mais 0,1% em 2017.

De acordo com o coordenador geral do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da UFRJ (Sintufrj), Francisco de Assis, a contraproposta é uma reivindicação da categoria, que não quer pagar a conta dos cortes da educação, em função do ajuste fiscal. “O Ministério da Educação tem que estar preocupado com o corte de verbas, uma vez que a greve é, também, em razão da precariedade das universidades. Não podemos ter uma pátria educadora com uma universidade falida”, afirmou.

Assis disse que a deliberação de não fazer as matrículas presenciais do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) se mantém, mas que a categoria está disposta a negociar caminhos com o reitor, que não afetem o movimento, nem tragam prejuízo maior para a instituição. “Não estamos fazendo nenhuma ação para trazer dano irreparável à universidade, essa é a centralidade do movimento. Então, nada que seja irreparável, o movimento vai querer dar procedimento, justamente para não trazer nenhum dano à instituição e para a sociedade.”

Na próxima quinta-feira (10), a Fasubra vai ser reunir com o Ministério do Planejamento, em Brasília, para discutir as demandas da categoria. Em busca de dar maior visibilidade para a greve, para pressionar o governo e defender a contraproposta nas ruas, o Sintufrj deliberou um ato para o mesmo dia, às 9h, na reitoria da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio), na Urca, zona sul da capital fluminense.

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