Fundador da embaixada do Brasil no Nepal torce por recuperação após terremoto

O tremor foi registrado a 81 quilômetros do noroeste de Katmandu Terremoto sacode Nepal e deixa danos; veja imagens

Um terremoto de 7,9 graus na escala Richter, segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS), atingiu o Nepal na manhã deste sábado (25), provocando importantes danos em Katmandu, capital do país, e em outras regiões.

O fundador da embaixada do Brasil no Nepal, Marcos Borges Duprat Ribeiro, que esteve no país até dezembro de 2014, conversou com exclusividade com a Rádio Jovem Pan, e destaca que a ameaça de terremotos sempre foi uma grande preocupação no local, pela dificuldade de comunicação e deslocamento no local.  

“Um terremoto de escala ampla já aconteceu em meados do século XX, e já conseguiu recuperar os monumentos históricos, que são a grande atração. O que sempre nos preocupou era o contato, pois a situação é bastante precária, e também o acesso, já que não existem muitas estradas”, conta.

O embaixador também relata existe um problema agudo de eletricidade no Nepal, e que sempre houve a intenção de cooperar em projetos para melhorar a situação, mas questões de política interna e interesses tornam o processo muito lento, já que o país saiu da monarquia em 2006, e ainda está em reconstrução política.

“Nas embaixadas e em algumas casas, para quem tem condições, nós temos geradores, pois são horas e horas sem energia. Em períodos de seca chega a 16 horas sem eletricidade”, relembra.

Por essas questões, Marcos reafirma a dificuldade em avaliar o que está acontecendo no local, já que a comunicação fica restrita a redes sociais, e o acesso é complicado para países vizinhos e para a ONU, que estão ajudando nas buscas e apoio aos moradores.

Depois de três anos morando no Nepal, Marcos afirma que tem um carinho pelo local, e que é um país muito particular, e torce pela recuperação após o terremoto: “meus pensamentos estão com ele, faço votos de que consigam enfrentar isso”.