Fundador do grupo Amil morre no Rio de Janeiro aos 73 anos

  • Por Jovem Pan
  • 14/02/2017 12h57
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Divulgação Edson Bueno morreu enquanto jogava partida de tênis

Morreu em Búzios, aos 73 anos, o empresário Edson Bueno, um dos fundadores da empresa de planos de saúde, Amil. Ele sofreu um infarto fulminante nesta terça-feira, enquanto jogava tênis na cidade do litoral fluminense.

Edson Bueno, nasceu em Guarantã, no interior paulista, trabalhou desde muito jovem e conseguiu se formar em Medicina no Rio de Janeiro. Enquanto estudava se tornou sócio da Casa de Saúde São José, em Duque de Caxias, e viu que tinha verdadeiro talento para os negócios.

Em 1978, junto de outros médicos, fundou a Amil Assistência Médica Internacional. Em 2012, ele vendeu a maior parte da Amil Participações para o grupo americano United Health, por cerca de US$ 4,9 bilhões de dólares.

Após a negociação, ele e a mulher, Dulce Pugliese, assumiram o controle da Dasa, maior empresa de medicina diagnóstica da América Latina.

Por nota, o presidente Michel Temer prestou solidariedade à família e escreveu que lamentava profundamente a perda do amigo. Sucessor de Edson Bueno na Amil, o médico Claudio Lottenberg afirmou que o amigo era inovador, empreendedor e muito dedicado.

Já o presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco disse que o país perdeu um de seus grandes empresários, gerador de empregos e de riqueza.

O corpo de Edson Bueno é velado nesta quarta-feira, a partir das 11 horas, no Colégio Brasileiro de Cirurgiões, no Rio de Janeiro. O sepultamento está marcado parta as 15h, no Cemitério São João Batista, no bairro de Botafogo.

“Brasil Melhor”

Em julho de 2015, Edson Bueno participou da campanha da Jovem Pan “O Brasil que queremos”. À época, ele afirmou que um dos problemas do Brasil atualmente era o excesso de controle do governo sobre o capital. “Todo país com excesso de capital fica na mão do governo e é muito mais difícil de rodar”. E completou: “um país para ser grande tem que ter um Estado pequeno e o resto tudo grande”.

Para o empresário, um quadro “onde o mercado de trabalho seja completamente livre com Estado pequeno e tudo de valor de mercado” recolocaria o Brasil em lugar de destaque.

No ano anterior, na campanha “Brasil Melhor”, Edson disse que “nós, brasileiros, temos que acreditar que nós podemos fazer desse país um país maravilhoso.” 

“Eu amo o Brasil e, aos 70 anos, levanto todo dia muito cedo, durmo muito tarde, inspirado e motivado para construir um país. Assim, não tem jeito. Todos os países do mundo que eram países pobres, como a Malásia, tudo isso, hoje tem renda per capita maior do que os maiores países do mundo”, disse Bueno.

O presidente da Amil creditou o sucesso dos antigos países pobres no foco na educação, saúde, treinamento e desenvolvimento do ser humano. Segundo ele, unidos, estes países fizeram grandes nações, e nós, podemos fazer o mesmo.

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