Fundo de indenização da GM por defeito em carros já admitiu 80 mortes nos EUA

  • Por Agencia EFE
  • 06/04/2015 19h13

Washington, 6 abr (EFE).- O fundo de compensação estabelecido pela General Motors (GM) por causa de um defeito no sistema de ignição de alguns de seus veículos já reconheceu até agora 80 das 475 reivindicações por morte, segundo o relatório divulgado nesta segunda-feira.

Das 475 reivindicações de indenização por morte computadas, 80 foram declaradas elegíveis, 172 inelegíveis, 105 deficientes, 91 estão sob revisão e 27 não apresentaram documentação de apoio.

Além disso, o fundo recebeu 289 pedidos por lesões de extrema gravidade e 3.578 pedidos por lesões menos graves que causaram hospitalização.

Desses números, o fundo declarou como elegíveis 11 reivindicações pelas lesões mais graves (como tetraplegia, paraplegia, amputações duplas de extremidades, dano cerebral permanente ou queimaduras graves).

Das lesões menos graves que causaram hospitalizações, o fundo aprovou 137 reivindicações.

O defeito, detectado em 2,6 milhões de veículos produzidos por diferentes marcas da General Motors há uma década, provoca o desligamento repentino e involuntário do veículo, o que também significa a desconexão dos sistemas de segurança, como o airbag.

A GM ocultou essa falha durante anos, mas em fevereiro de 2014 reconheceu que mais de dois milhões e meio de veículos tinham o problema e que pelo menos 13 pessoas teriam morrido na América do Norte por causa dele.

Após uma investigação interna para determinar as causas do defeito e de sua ocultação, a GM estabeleceu um fundo de compensação para as vítimas, administrado por Kenneth Feinberg, advogado especializado em programas de indenização que trabalhou em casos como o dos atentados de 11 de setembro de 2001.

Feinberg anunciou ano passado que os pedidos por morte aprovados pelo fundo receberão uma indenização de US$ 1 milhão.

Mas as normas estabelecidas pela GM assinalam que as pessoas que aderiram ao fundo renunciarão a qualquer ação judicial contra a companhia. EFE

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