Futuro da prevenção de incêndios está no armazenamento e organização na nuvem

  • Por Agencia EFE
  • 10/05/2014 19h35
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Santiago do Chile, 10 mai (EFE).- O futuro da prevenção de incêndios está nas nuvens de armazenamento de dados, segundo um estudo do pesquisador grego Nikos Athanasis apresentado no “Microsoft Faculty Summit 2014”, realizado esta semana na cidade chilena de Viña del Mar.

“As tecnologias informáticas têm o potencial, quando combinadas com informação geográfica, de revolucionar a forma como vemos as ciências do fogo”, explicou o analista, pesquisador da Universidade do Egeu.

Depois que um terrível incêndio que começou em 12 de abril matar pelo menos a 15 pessoas, deixou 11 mil desabrigadas e destruiu bairros completos no porto de Valparaíso, estudar a forma como os fogos se propagam é fundamental no Chile, disseram autoridades e especialistas.

Através do VÊNUS-C Fire App, patrocinado pela Microsoft e desenvolvido por cientistas gregos depois dos grandes incêndios ocorridos em 2007 no país europeu, “os bombeiros podem visualizar como o fogo vai se expandir pelas condições meteorológicas, onde estão os pontos de água e outros dados e assim atuar de modo mais eficaz”, explicou Athanasis.

O aplicativo começou a ser testado na ilha de Lesbos, próxima à costa da Turquia no mar Egeu, e já foi utilizado em outros sete pontos da Grécia.

Distribuídos por todo o mundo, os centros meteorológicos recolhem diariamente as condições do tempo em muitas áreas. Com este “tsunami de dados”, como os analistas chamam o enorme volume de dados disponível, não se pode fazer muita coisa, mas transformá-los em informação prática para os bombeiros pode fazer a diferença.

O sistema gera um gráfico sobre o risco de incêndio e mapas meteorológicos da área estudada que é repassado ao corpo de bombeiros. Além disso, é capaz de simular como será o comportamento do fogo segundo a flora ou o estado de umidade da cada dia.

“Poderão ser desenvolvidos sistemas semelhantes em outras regiões graças ao potencial da nuvem de armazenamento de dados, já que as ciências que estudam os incêndios requerem volumes imensos de informação que mudam constantemente e que estão relacionados com os efeitos do fogo”, explicou Nikos Athanasis.

Segundo ele, os bombeiros “não devem estar preocupados com complicados algoritmos”. “Eles querem soluções simples e intuitivas e trabalhando com os dados das estações meteorológicas e de satélites podemos dá-las”, concluiu o cientista. EFE

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