G7 comunicará a Putin possibilidade de mais sanções; russo ironiza grupo

  • Por Agencia EFE
  • 05/06/2014 11h57

Bruxelas, 5 jun (EFE).- Os líderes do G7, os países mais industrializados do mundo, concluíram nesta quinta-feira uma cúpula na qual acordaram comunicar ao presidente da Rússia, Vladimir Putin, sua disposição a adotar mais sanções caso os eventos na Ucrânia exijam.

“Desde que começou a crise na Ucrânia, os membros do G7 e da União Europeia (UE) estiveram unidos em sua resposta aos atos de agressão” da Rússia, disse o presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, em entrevista coletiva ao final da reunião.

Van Rompuy afirmou que “se os acontecimentos exigirem, estamos dispostos a intensificar as sanções e a considerar medidas adicionais”, e apontou que, os líderes do G7 transmitirão essa mensagem “pessoalmente” a Putin na celebração do aniversário do Desembarque de Normandia amanhã na França.

Nesse sentido, acrescentou que os chefes de Estado e do governo da União “avaliarão a situação” na Ucrânia na cúpula que acontecerá em 26 e 27 de junho.

O presidente do Conselho Europeu declarou que foi “excepcional” ver o G7 reunido em Bruxelas, já que “a crise russo-ucraniana é a razão pela qual estamos aqui” e não na cidade russa de Sochi, onde o evento com a participação de Moscou foi cancelado pelos líderes por seu comportamento no país vizinho.

“Esse é o primeiro G7 em 15 anos” realizado com a ausência da Rússia, enfatizou Van Rompuy.

Assim, disse que os líderes dos Estados Unidos, França, Reino Unido, Itália, Alemanha, Canadá e Japão, junto à UE, se mantiveram unidos na hora de reagir de um ponto de vista “não só político, mas também econômico”, com sanções que tiveram impacto na economia russa.

Em paralelo a essa posição firme frente ao comportamento da Rússia, Van Rompuy destacou que o G7 desenvolveu uma “agenda positiva, uma agenda diplomática” para diminuir a tensão com a Rússia, e uma “agenda de estabilidade para ajudar a Ucrânia econômica, financeira e politicamente”.

O presidente do Conselho Europeu disse que Kiev também impulsionou uma “agenda positiva” ao trabalhar em uma reforma constitucional, a descentralização do Estado, o estabelecimento de um diálogo nacional e a organização de eleições presidenciais “livres e justas”.

Por sua vez, ao ser perguntado por jornalistas sobre o que achava de o país ter sido excluído da cúpula dos países mais ricos e industrializados, Putin respondeu “que façam bom proveito”.

Os jornalistas interpelaram o líder em São Petersburgo. EFE

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