G7 pede que Rússia abandone tentativas de anexar Crimeia
Washington, 12 mar (EFE).- Os membros do G7 exigiram nesta quarta-feira que Moscou abandone suas tentativas de anexar a república autônoma ucraniana da Crimeia e afirmaram que o referendo convocado para decidir sobre a integração da região à Rússia é ilegal e se desenvolve sob uma atmosfera de pressão.
O grupo das sete economias mais industrializadas do mundo (Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido) fez uma chamada através de um comunicado conjunto emitido pela Casa Branca para que a Rússia pare com “todos os esforços para mudar o status da Crimeia, o que é contrário à lei ucraniana e viola a lei internacional”.
Os membros do G7, junto com o presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, e da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, afirmaram que não se reconhecerá o resultado do referendo devido à “presença intimidatória de tropas russas”.
O governo autônomo e pró-Rússia da Crimeia convocou um referendo neste domingo para decidir se a república se unirá à Rússia. No momento, a Rússia mantém a região isolada com uma forte presença militar e apoia a consulta.
Os membros do G7 pedem que a Rússia “detenha imediatamente as ações de apoio ao referendo sobre o status do território da Crimeia por ser uma violação direta da Constituição da Ucrânia”.
O comunicado conjunto adverte que se a Rússia der passos para aceitar o resultado da consulta o G-7 tomará “ações coerentes, individualmente e de maneira coletiva”.
Além disso, o grupo pediu que a Rússia contribua para diminuir a tensão na região, sede da frota russa do Mar Negro em função de acordos com Kiev, e envie suas tropas para os quartéis e reduza a presença militar a níveis prévios à crise.
O G-7, que ameaça expulsar a Rússia do fórum do G8, pediu que o Kremlin abandone sua postura de controle militar, permita observadores e mediadores internacionais e aceite um diálogo direto com o novo governo de Kiev, opositor ao presidente deposto pró-Rússia Viktor Yanukovich.
“A anexação da Crimeia poderia ter graves implicações na ordem legal que protege a unidade e soberania de todos os estados”, avisou o G7.
O novo Executivo foi eleito pelo parlamento até que sejam realizadas eleições gerais, em 25 de maio, pleito que a Rússia não reconhece como legítimo. EFE
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