Games podem ser aliados dos professores em sala de aula
Como chamar a atenção das crianças e adolescentes e tornar os processos de ensino-aprendizagem mais interessantes e até mesmo divertidos? Os games, ou jogos educativos, são a aposta do professor Jorge Proença, que falou sobre essa ferramenta de ensino em palestra realiada nesta quinta-feira na Campus Party, em São Paulo.
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Há três anos, Proença desenvolveu o site Kiduca, uma plataforma de ensino em que, segundo a proposta, os estudantes aprendem brincando. Cada aluno cria o seu próprio avatar, e os jogos são divididos entre as áreas do conhecimento. O site permite a interatividade entre alunos, professores, pais e escola, além de facilitar o acompanhamento pedagógico e estimular a autoria e o aprendizado autônomo em casa.
De acordo com o professor, mais de 7200 alunos de escolas públicas estudam com a ferramenta. O momento atual, para ele, é de evolução na educação. “A gente entende que pode colaborar muito nesse momento que é de quebra de paradígmas no modelo de ensino-aprendizagem, usando o que os jovens e as crianças mais gostam, que é o game”, explica Proença.
Dificuldades
Apesar dos benefícios dessa ferramenta educativa, há uma resistência dos educadores, segundo Jorge Proença. Além disso, o mercado de games no país é fraco, por ainda não enxergar compradores em potencial. “O entrave é que as desenvolvedoras preferem fazer algo que vende, jogos voltados ao lazer”, relata.
Entenda
A gameficação – ou ludificação, em português – consiste em inserir as técnicas e estratégias dos games dentro de uma atividade. Características como o desafio e o avanço a fases mais difíceis podem, segundo Proença, incrementar o processo de aprendizagem. “Todas essas técnicas combinam muito com o processo de aprendizagem, então colocar uma atividade educacional no game cria a sensação de que é natural aprender”, defende.
Para inserir os jogos nas escolas, no entanto, é necessário ter cautela para evitar consequências negativas como o vício. Para isso, Jorge Proença sugere que os professores dosem o uso de jogos em sala de aula. “O educador deve encarar a tecnologia do game como mais um componente, e não como o único componente”, pondera.
Confira a entrevista completa com o professor:
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