General dos EUA assassinado em Cabul é identificado
Washington, 5 ago (EFE).- O general americano da Otan morto nesta terça-feira em Cabul no ataque de um soldado afegão é Harold J. Greene, um dos principais responsáveis pela transição das operações de segurança para as forças afegãs, revelou o Pentágono.
Greene, de 55 anos, que vivia em Falls Church, na Virgínia, tinha mais de três décadas de experiência nas Forças Armadas americanas.
Ele era comandante geral adjunto encarregado da Transição de Segurança Combinada, posto para o qual foi designado no início de 2014, e antes tinha trabalhado como responsável pelo Escritório de Logística em Washington.
Greene estava à frente das operações de treinamento e desenvolvimento das Forças de Segurança Nacional do Afeganistão.
Ele também participou da missão no Iraque e recebeu a “Legião do Mérito” e a “Medalla de Serviço Meritório”.
Nascido em Nova York, Greene entrou nas Forças Armadas em 1980 após se formar em engenharia na Rensselaer Polytechnic Institute do estado e, posteriormente, obteve um mestrado de estudos estratégicos na Army War College, na Pensilvânia, e um doutorado da Universidade de Southern Califórnia.
Greene, general de duas estrelas, é o militar americano de maior patente em um ataque desde os atentados de 11 de setembro de 2001, quando morreu um general americano de três estrelas.
O porta-voz do Pentágono, o almirante John Kirby, informou que outros 15 integrantes da Missão da ONU no Afeganistão (Isaf) ficaram feridos no ataque contra a base de Camp Qargha, em Cabul, por um soldado afegão, que também morreu.
O ataque aconteceu ao meio-dia local durante uma “visita rotineira” das tropas afegãs e da Isaf à Academia de Oficiais do Exército Nacional Afegão, administrada pelo Reino Unido e situada na Universidade Marshal Fahim de Cabul.
O general era casado e tinha dois filhos, um deles, Matthew, também membro das forças armadas dos Estados Unidos. EFE
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