General golpista na Tailândia afirma ser alvo de ataque com magia negra
ONU expressou nessa semana "séria preocupação" com as recentes restrições a ativistas e atos que deixam vulneráveis os direitos humanos
General Prayuth Chan-ocha durante reunião do conselho para reformas na ditadura do paísO general golpista e atual primeiro-ministro da Tailândia, Prayuth Chan-ocha, denunciou que grupos opositores ao golpe de Estado utilizaram feitiços de magia negra contra ele.
“Hoje tenho dor de garganta, dor no pescoço. Alguém me disse que há algumas pessoas recitando maldições sobre mim”, afirmou Prayuth após presidir a 11ª reunião do Conselho Nacional para a Reforma do Reino da Tailândia, realizada na quinta-feira em um centro militar da capital tailandesa.
O general afirmou que foi a uma cerimônia para se proteger destes rituais obscuros onde jogaram em sua cabeça água lustral para benzê-lo, publicou o jornal “Bangcoc Post”.
“Derramaram tanta água que até estremeci. Agora vou pegar um resfriado”, disse o primeiro-ministro, que continua a presidir o Conselho Nacional para a Paz e a Ordem, como a junta militar formalmente se denomina.
“Se ainda querem lutar e passar à clandestinidade, que continuem. Se querem recorrer a executar rituais (de magia negra), continuem”, disse, desafiando a resistência que se opõe ao golpe.
Os generais que tomaram o poder em um violento golpe de Estado em 22 de maio pretendem realizar uma série de reformas políticas, sociais e econômicas que, anunciaram, terminarão em outubro de 2015 com a convocação de eleições parlamentares.
“Hoje temos que ajudar uns a outros. Se as reformas não tiverem sucesso, não sei como vamos fazer a continuação”, afirmou Prayuth durante a sessão do comitê.
Desde o golpe, centenas de políticos, ativistas, acadêmicos e jornalistas foram detidos, intimidados e obrigados a renunciar a toda atividade política de oposição ou crítica ao novo regime militar.
A Tailândia sofreu 12 golpes de Estado e sete tentativas desde o estabelecimento da democracia, em 1932.
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