Gerry Adams diz que recebeu ameaça de morte

  • Por Agencia EFE
  • 30/11/2014 11h31

Londres, 30 nov (EFE).- O líder do Sinn Fein, Gerry Adams, afirmou neste domingo ter recebido uma ameaça de morte do grupo paramilitar protestante Lutadores pela Liberdade do Ulster (UFF).

Através de sua conta no Twitter, o líder do braço político do inativo Exército Republicano Irlandês (IRA), informou que agentes do Serviço de Polícia da Irlanda do Norte (PSNI) o informaram sobre a ameaça contra sua vida e contra outros membros do partido republicano.

“Isto é preocupante, mas não impedirá que nem eu nem o Sinn Fein continuemos com nossa campanha para (conseguir) uma nova e independente Irlanda de iguais”, acrescentou Adams, que apoia a união da província britânica com a República da Irlanda.

Em maio Adams também informou que havia uma ameaça “crível” contra sua vida, após prestar depoimento à polícia sobre o assassinato de Jean MCConville em 1972.

O líder republicano culpou os que se opõem ao processo de paz na Irlanda do Norte pelas ameaças.

McConville, católica de 37 anos e mãe de dez filhos, foi assassinada pelo IRA acusada de espionar para as forças britânicas, o que era falso, e seu corpo não foi encontrado até 2003, quatro anos depois de o grupo reconhecer a autoria do crime e dar pistas sobre seu paradeiro.

Entre as pessoas ligadas a este caso se destaca Adams, que foi interrogado durante quatro dias em maio pelo assassinato, mas foi posto em liberdade sem acusações, apesar de a PSNI ainda não ter enviado um relatório à promotoria para que decida se existem provas para imputá-lo.

A detenção em maio do presidente do Sinn Fein, que nega seu envolvimento nesse crime ou seu pertencimento ao IRA, ameaçou criar uma grave crise no processo de paz, já que esse partido advertiu que retiraria seu apoio ao PSNI se seu líder fosse acusado.

Após sua libertação, Adams reiterou a lealdade de seu partido às forças da ordem e seu compromisso com a via democrática, e denunciou a existência de “inimigos” do processo de paz e dos republicanos na PSNI. EFE

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