Governador classifica como “abominável, desumano e atrocidade”, caso de mulher arrastada no RJ
“Abominável, desumano, atrocidade”. Essas foram as palavras utilizadas pelo governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, para analisar a morte da auxiliar de serviços Cláudia da Silva Ferreira, que foi baleada por policiais e depois arrastada por mais de 200 metros por uma viatura enquanto era levada ao hospital.
Os três policiais militares envolvidos nesta tragédia, os subtenentes Adir Serrano e Rodney Miguel Arcanjo, e o sargento Alex Sandro Alves, já estão presos e já foram levados para o complexo penitenciário de Bangu, que fica na zona oeste do Rio. Dois inquéritos foram abertos pela para investigar esta barbaridade.
De acordo com o governador do Rio de Janeiro, a única coisa que pode ser feita com esses policiais é eles ficarem presos por um bom e longo tempo. “O que nós vimos ali foi uma atitude completamente desumana. Desde o atendimento, desde onde ela foi colocada, a barbaridade da queda, da continuação…enfim, uma cena absurdamente abominável. Eles vão responder por isso, isso não tem impunidade, já estão presos e vão responder por essa barbaridade”, disse Cabral.
A auxiliar de serviços havia saído de casa para comprar pão para os seus filhos e sobrinhos, oito no total, e acabou sendo atingida por balas perdidas. Foi socorrida por policiais que a jogaram no porta-malas da viatura da corporação e, no trajeto, Cláudia caiu da viatura que estava com a porta aberta e foi arrastada por mais de 200 metros, mas o carro só parou depois de percorrer 250 metros. Não se sabe se, neste momento, a auxiliar de serviços já estava morta.
Os moradores do morro da Congonha, onde Cláudia morava, prometem fazer novos protestos ao longo dessa semana.
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