Governador de Tóquio chega a Pequim para reduzir tensões e melhorar relação

  • Por Agencia EFE
  • 24/04/2014 10h59
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Pequim, 24 abr (EFE).- O governador de Tóquio, Yoichi Masuzoe, chegou nesta quinta-feira a Pequim para um visita de três dias que tem como objetivo reduzir as atuais tensões entre Japão e China, e melhorar a relação bilateral danificada pela disputa aberta sobre a soberania das ilhas Diaoyu/Senkaku, que ambos os países reivindicam.

A visita de Masuzoe, embora de caráter local, é chave, já que será o primeiro encontro oficial entre autoridades de ambos os países em mais de um ano e meio, desde que o Japão anunciou a nacionalização de três das cinco ilhotas disputadas em setembro de 2012 e que provocou a ira de Pequim.

Ambos os governos esperaram que esta visita, que responde a um convite do governo de Pequim, ajude a reparar os laços quebrados entre ambos, embora a China siga exigindo que Tóquio “corrija os erros” e mude sua atitude para criar condições favoráveis entre ambos.

Além da disputa pelo arquipélago – desabitado, embora acredita-se ser rico em recursos-, China critica a atitude beligerante que mostra o governo de Shinzo Abe através de ações como a de envir ou levar oferendas ao polêmico santuário de Yasukuni em Tóquio, que honra os japoneses mortos entre finais do século XIX e 1945, entre eles criminosos de guerra da Segunda Guerra Mundial.

“A relação bilateral entre China e Japão é tensa, e é de grande significado que o povo de Pequim me convidasse a vir”, destacou hoje o governador em sua chegada à capital chinesa perante um grupo de meios de comunicação.

Segundo o previsto, o governador se reunirá com o prefeito de Pequim, Wang Anshun, além de outros representantes chineses, e em seus encontros espera-se que tratem de todos os tipos de assuntos, como a troca de estudantes e o meio ambiente.

Estes temas, segundo considerou hoje o governador, ajudarão a descongelar as relações, embora a melhora será “passo a passo”.

“Não podemos fazer tudo imediatamente”, indicou.

Sua visita, que se prolongará até o dia 26, se produz ao mesmo tempo que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, se encontra no Japão, onde hoje defendeu o acordo de segurança com o Japão. EFE

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