Governador do Texas se opõe à entrada de viajantes de países com ebola

  • Por Agencia EFE
  • 17/10/2014 17h13
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Austin (EUA), 17 out (EFE).- O governador do Texas, Rick Perry, solicitou nesta sexta-feira ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que proíba a entrada no país de passageiros procedentes de Libéria, Serra Leoa e Guiné, as nações mais afetadas pela crise do ebola.

“O vírus cruza fronteiras pelo ar, foi assim que chegou em um primeiro momento ao Texas. Por isso, acho que proibir a entrada de passageiros procedentes dos países mais afetados pelo ebola é o correto”, disse Perry em entrevista coletiva.

O governador se referiu assim a Thomas Eric Duncan, o cidadão liberiano que chegou com ebola a Dallas, morreu no dia 8 de outubro e contagiou duas das enfermeiras que o atenderam.

Perry também solicitou a Obama que proíba as viagens de pessoas que estiveram expostas ao vírus no Texas, como os 75 trabalhadores sanitários que atenderam Duncan, assim como das enfermeiras Nina Pham e Amber Vinson, que contraíram o ebola e estão sendo tratadas.

“Pedi ao presidente que considere sua autoridade para pôr estas pessoas em uma lista que as companhias aéreas respeitem”, insistiu.

Vinson tomou um voo de Cleveland (Ohio) a Dallas horas antes de ser internado e quando já apresentava um quadro de febre, motivo pelo qual expôs dezenas de passageiros no avião.

O governador explicou que as autoridades sanitárias têm sob observação os passageiros do avião e, especialmente, as oito pessoas cujos assentos estavam localizados mais perto da enfermeira.

“Me parece de bom senso que alguém que esteve perto ou que tratou o paciente não exponha outras pessoas, que não saiam do estado, que não entrem em um cruzeiro”, afirmou o governador.

Nesta sexta-feira foi anunciado que um dos trabalhadores sanitários que atendeu Duncan, e que faz parte do grupo de 75 que se considera em risco, está em um cruzeiro no Caribe.

Fontes do Departamento de Estado informaram que esta pessoa está sob observação e que não apresenta sintomas de ebola, mas as autoridades de Belize e México não permitiram que o cruzeiro atracasse em seus portos..

“É indefensível que uma das enfermeiras que tratou Duncan tenha sido autorizada a voar de Ohio a Dallas após reportar que tinha febre”, concluiu o governador. EFE

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