Governador eleito do MS poder ter vínculo com morte de jornalista no Paraguai

  • Por Agencia EFE
  • 16/12/2014 18h48

Assunção, 16 dez (EFE).- Uma Comissão do Congresso do Paraguai vinculou nesta terça-feira governador eleito do Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja, com Vilmar Acosta, considerado o “cérebro” do assassinato do jornalista Pablo Medina e de seu assistente, Antonia Almada, há dois meses.

A suposta relação foi divulgada pelo senador Arnoldo Wiens, membro da Comissão parlamentar bicameral que investiga o assassinato de Medina, correspondente do jornal “ABC Color” e conhecido por suas matérias sobre o narcotráfico no departamento de Canindeyú, na fronteira com o do Mato Grosso do Sul.

Wiens afirmou que Azambuja tinha “muita amizade” com Vilmar Acosta, que estava foragido desde a morte de Medina e é acusado de produção e tráfico de maconha.

O senador acrescentou que não há dúvidas sobre as conexões existentes entre o “clã Acosta” e políticos muito importantes do Brasil.

O legislador se referiu a dados e informações obtidas na região do assassinato de Medina e Almada, além dos entregues pela promotoria e as declarações de Arnaldo Cabrera, motorista de Vilmar Acosta, o único detido pelo crime até o momento.

Reinaldo Azambuja, do PSDB, foi eleito governador do Mato Grosso do Sul no segundo turno das eleições, em 26 de outubro, e foi diplomado ontem no Tribunal Regional Eleitoral do estado.

Vilmar Acosta era até fugir o prefeito pelo governante Partido Colorado da cidade de Ypejhú, no departamento de Canindeyú.

Os supostos autores materiais do crime, seu irmão Wilson e seu sobrinho Flavio Acosta, também estão foragidos.

Hoje o assassinato de Pablo Medina e Antonia Almada, completa dois meses.

Paraguai é o maior produtor de maconha da América do Sul e o Brasil o principal destinatário dessa droga.

A morte de Medina e Almada provocou um enorme debate no Paraguai sobre as conexões entre narcotraficantes e políticos, colocadas em evidência em um relatório da Secretária Nacional Antidrogas revelado pelo Congresso. EFE

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