Governo acompanha de perto sequestro de paraguaio filho de brasileiros

  • Por Agencia EFE
  • 26/05/2014 15h15
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Assunção, 26 mai (EFE).- O governo do Brasil está acompanhando de perto as autoridades do Paraguai em relação ao sequestro de Arlan Fick, adolescente filho de brasileiros que está há 54 dias em poder da guerrilha do Exército do Povo Paraguaio (EPP), disse nesta segunda-feira à Agência Efe o embaixador do País em Assunção, José Felício.

O diplomata não quis se pronunciar sobre as informações que a imprensa brasileira está repercutindo de que o governo federal ofereceu ajuda ao Paraguai para a libertação de Fick, de 16 anos.

“Estamos acompanhando (o sequestro) com as autoridades paraguaias. Estamos em contato há 54 dias”, declarou Felício, que disse que o agregado da Polícia Federal (PF) na embaixada acompanha o caso.

O EPP sequestrou Arlan Fick em 2 de abril no sítio rural de sua família na cidade de Quebra Tuyá, no departamento de Concepción, um município onde vivem cerca de 75 famílias, em sua maioria emigrantes brasileiros dedicados à agricultura.

Durante o sequestro aconteceu um confronto armado entre a guerrilha e as forças de segurança do Estado que terminou com a morte de um militar e de dois membros do EPP, enquanto o resto da coluna guerrilheira escapou com o jovem.

No dia seguinte, o governo declarou que os guerrilheiros tinham utilizado Flick como “escudo humano” para se proteger em sua retirada, com o que apontava a que não era um sequestro premeditado.

No entanto, na semana passada o pai do jovem declarou aos veículos de imprensa que entregou meio milhão de dólares à guerrilha para a libertação de seu filho, uma exigência que lhe foi comunicada no mesmo dia do sequestro.

No momento do pagamento, a guerrilha deu como condição para a libertação que entregasse à imprensa um CD com um vídeo com propaganda do grupo e distribuísse alimentos no valor de US$ 50 mil em duas comunidades pobres, o que também cumpriu.

As autoridades atribuem mais de 30 mortes desde 2005 ao EPP, que conta com aproximadamente 20 militantes, de acordo com a procuradoria. EFE

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